A Ucrânia está a passar por um momento difícil e de muita tensão. Desde a queda da ex- União Soviética em 1991 que a Ucrânia não passava por uma situação como a que está a ser vivida.
A vitória de Viktor Ianukovich nas eleições presidenciais transformou as ruas de Kiev num verdadeiro “campo de batalha”. Os milhares de apoiantes do candidato da oposição, Viktor Iuschenko, saíram para a rua em manifestação, denunciando uma suposta fraude nas eleições.
A resposta a esta “crise” já se fez ouvir. Os Estados Unidos da América, a União Europeia e o chanceler alemão Gerhard Schroeder qualificaram as eleições de fraudulentas e inaceitáveis. Inversamente, o Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou Viktor Ianukovich pela vitória nas presidenciais.
Após a Comissão Nacional de Eleições ter dado a vitória a Ianukovich, Iuschenko apresentou queixa no Supremo Tribunal, pretendendo a anulação dos resultados e apelando ainda a uma greve geral.
O candidato da oposição pretende uma repetição das eleições, embora com a condição de que a comissão eleitoral seja mudada.
Vladimir Litvine, presidente da Assembleia Nacional ucraniana, assume que “a decisão política mais realista, tendo em conta as acusações mútuas de irregularidades e de violação em massa, é reconhecer o escrutínio inválido, porque é impossível estabelecer o resultado do voto”. Por outras palavras, a resolução mais simples para este “impasse” será uma nova votação.
Os milhares de manifestantes que se encontram mobilizados no centro de Kiev bloquearam os acessos às sedes do Governo e da Presidência.
Amanhã será o dia D, no que diz respeito à legitimidade ou não de Iuschenko em pedir a contestação das eleições. O Supremo Tribunal irá reunir-se para analisar o recurso.
Numa altura em que a possibilidade de “guerra civil” é falada e pensada um pouco por toda a Ucrânia, impõe-se um desenrolar rápido e eficiente, de forma a terminar com o “jogo de palavras” e proporcionar um futuro seguro e democrático a todos os ucranianos.
Fontes: Expresso e JN
1 comentário:
Por acaso a situação na Ucrânia está muito mal. A interrogação da oposição em relação à veracidade dos resultados eleitorais é completamente compreensível, assim como também o é para todos nós, excepto para um senhor chamado Putin, sabe-se lá porquê... De qualquer forma, a ideia de novas eleições deve começar a ganhar forma de forma a evitar os incidentes vividos em Kiev, principalmente nos últimos dias.
Um abraço para os dois e apareçam no danigift10.blogspot.com
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