domingo, fevereiro 27, 2005

Menezes reprova decisão do Conselho Nacional do PSD


O Conselho Nacional do PSD decidiu não alterar os estatutos do partido com vista à eleição do novo líder, marcada para o congresso dos dias 08, 09 e 10 de Abril em Pombal.

Este facto, fez com que um dos já assumidos candidatos à liderança, o autarca de Gaia Luís Filipe Menezes, se insurgisse contra esta deliberação considerando que “a decisão foi legítima e legal, mas politicamente errada”.

Menezes pretendia que a eleição do novo líder social-democrata se efectuasse a partir do voto directo dos militantes, numa clara tentativa de fazer regressar o PSD ás bases, intenção que não reúne muitos adeptos dentro do partido.

Para Menezes, esta situação contraria a postura de clareza e legitimidade que a eleição deveria ter, prejudicando a imagem do PSD. Neste sentido, o autarca de Gaia afirmou que umas das primeiras medidas que tomará, se for eleito presidente do PSD, será a de convocar um congresso extraordinário com o objectivo de alterar a regulamentação referente a esta matéria.

Em relação às consequências desta decisão, Menezes mostra-se bastante optimista, prevendo que esta situação pode reverter a favor da sua candidatura – “a que se afirmou defensora da imediata devolução da definição do rumo do partido aos militantes de base”.

Assumindo-se como renovador do PSD, Menezes garantiu que “esta foi a última vez que venceu o imobilismo e a tentação de condicionamento de um aparelho que não se quer renovar”, denotando uma grande confiança na possibilidade de vir a ser o novo líder do maior partido da oposição.

Fonte: Lusa

Ariel Sharon lança aviso a Mahmud Abbas


Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) advertida, hoje, pelo primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, como consequência da violência que se tem gerado.

Na primeira reunião semanal do conselho de Ministros, desde a passada sexta-feira em que um palestiniano da Jihad Islâmica se fez explodir em frente a um clube de Telavive matando quatro israelitas, Sharon aconselhou a ANP a cessar a violência, uma vez que, a continuar, esta pode pôr em causa o processo de paz no Médio Oriente.

As vítimas mortais do atentado vão a sepultar hoje, numa cerimónia marcada por um forte contingente de agentes da polícia e das forças de segurança em nível de alerta. Todos os acessos para cidades israelitas vão estar sob forte vigilância, de modo a evitar qualquer atentado.

O primeiro-ministro israelita assegurou que o seu exército não realizará represálias nos territórios da Cisjordânia, nem na Faixa de Gaza, conquanto com uma condição: que o presidente palestiniano Mahmud Abbas «faça o que deve fazer». Por outras palavras, deve eliminar qualquer resistência existente nessas zonas contra a ocupação israelita.

Em resposta à declaração de Ariel Sharon, Mahmud Abbas ordenou aos chefes da segurança palestiniana a detenção dos cúmplices do suicida. Abbas afirmou que não queria «declarações», mas sim «factos», assumindo mesmo demitir os chefes da segurança palestiniana caso tal não sucedesse.

As negociações para a entrega ao governo palestiniano do controlo em cinco cidades autónomas da Cisjordânia, assim como retomar as operações contra os militantes da Jihad Islâmica foram suspensas pelo ministro da Defesa israelita, Shaul Mofaz, depois de uma consulta aos chefes dos organismos de segurança.

Israel não exclui um ataque contra a Síria, país que considera responsável pelo atentado em Telavive, afirmou o vice-ministro da Defesa, Zeev Boim.

Sharon declarou à rádio pública que Israel já actuou «no passado contra objectivos na Síria e se o presidente Bachar al Asad necessitar de um outro sinal, irá recebê-lo».

Para além dos quatro israelitas e do suicida mortos, 49 civis que se encontravam no local foram feridos e 34 deles ainda continuavam hospitalizados hoje de manhã.

Boim asseverou que o exército israelita continuará com «a execução selectiva» de milicianos da Jihad e de todas as facções palestinianas que não respeitem o cessar-fogo.

Após uma primeira fase em que a paz parecia estar a superar-se ao conflito armado, em que Israel e Palestina estavam a chegar a um entendimento, um novo atentado contra Israel veio pôr em causa todo o “trabalho” feito até então.

Fonte: Lusa

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Sócrates alcança a maioria absoluta para o PS


José Sócrates é o grande vencedor das eleições legislativas que ontem se realizaram no nosso país, garantindo uma maioria absoluta histórica para o Partido Socialista com 45,05 por cento dos votos (120 deputados com representação parlamentar).

O PSD obteve um dos piores resultados de que há memória, ficando-se pelos 28,69 por cento, correspondentes a 72 deputados.

A CDU consegue um resultado surpreendente, tornando-se a terceira força política em Portugal, com 7,57 por cento dos votos, garantindo 14 deputados na Assembleia da República.

No que se refere ao CDS\PP, é o quarto partido mais votado, não ultrapassando os 7,26 por cento (12 deputados).

O Bloco de Esquerda obtém um resultado bastante positivo, relativamente aos objectivos a que se propôs, na medida em que reforça a sua participação no Parlamento. A noite eleitoral conduziu o BE aos 6,3 por cento dos votos que, automaticamente, garantem oito deputados com assento parlamentar.

Torna-se claro que o país atribuiu um voto de confiança à esquerda, castigando o governo de centro-direita PSD\PP pela situação económica e social do país.

Fonte: Lusa

sábado, fevereiro 19, 2005

Bush de visita à Europa


George W. Bush inicia visita ao continente Europeu com o intuito de findar as tensões entre Estados Unidos e Europa originadas pela guerra no Iraque.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, inicia este domingo a sua visita à Europa estando já marcadas, para terça-feira, duas cimeiras em Bruxelas. Pela manhã, Bush irá reunir-se com os chefes de Estado e Governo dos países membros da NATO, enquanto que durante a tarde encontrar-se-á com os líderes da União Europeia.

Bush seguirá, de seguida, para a Alemanha e Eslováquia onde se encontrará com o presidente da Rússia, Vladimir Poutine, em Bratislava.

O presidente norte-americano e o presidente francês, Jacques Chirac, terão um jantar, na segunda-feira, que simbolizará o suprimir das divergências entre ambos os países relativamente à guerra no Iraque, uma vez que a França foi um dos países que mais se opôs ao conflito armado.

Na terça-feira, Bush será o convidado de honra do presidente da Comissão Europeia, José Durão Barroso, para um “jantar informal”, que contará também com a presença do presidente em exercício da União Europeia, Jean-Claude Juncker, e o chefe da diplomacia europeia Javier Solana.

George W. Bush referiu, na passada terça-feira, que o seu “primeiro objectivo é de lembrar aos americanos e europeus que o relacionamento transatlântico é muito importante para a nossa segurança mútua e para a paz, que por vezes temos diferenças mas que não diferimos sobre os valores”.

À semelhança de Bush, também Durão Barroso afirmou, na sexta-feira passada, que “a América precisa da Europa e a Europa da América e trabalhando juntos podemos criar um mundo melhor”.

Os europeus irão tentar “melhorar o clima” entre a Europa e os Estados Unidos, mostrando que a União Europeia é um “bloco unido” e “tentar o apoio” de Washington em casos concretos como a resolução da questão nuclear do Irão, referiu fonte diplomática.

O relançamento do processo de paz no Médio Oriente, assim como a aproximação sobre o processo democrático no Iraque serão temas que estarão na ordem do dia, no encontro entre norte-americanos e europeus.

Fonte: Lusa

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Chissano critica actuação portuguesa em África durante a colonização


Comemoração dos 31 anos da Universidade do Minho marcada por críticas do ex-presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano, a Portugal pelas “atrocidades cometidas ao povo africano”.

A Universidade do Minho atribuiu, ontem, o grau honoris causa em Ciências Políticas e Relações Internacionais a Joaquim Chissano.

O ex-presidente de Moçambique fez um discurso crítico em que referiu que "até hoje, ainda não se prestou uma verdadeira homenagem aos povos africanos, pela contribuição que deram para a acumulação do capital, e ainda não foram apresentadas desculpas oficiais pelas atrocidades cometidas".

Chissano mencionou ainda que "o impacto de relações económicas desvantajosas, em África, fez-se inicialmente sentir com o tráfico de escravos, já praticado pelos árabes e, mais tarde, pelos europeus" e que "o impacto deste negócio ignóbil afectou mais de 50 milhões de pessoas".

Na cerimónia de ontem, também estiveram presentes, o ex-chefe de Estado português, Mário Soares, padrinho apresentante do homenageado e o actual presidente da República, Jorge Sampaio.

Apesar das críticas tecidas por Joaquim Chissano, não houve qualquer reacção por parte dos presentes, tendo Jorge Sampaio abordado temas mais positivos da relação entre os dois países.

Durante a cerimónia, os elogios ao ex-chefe de Estado Moçambicano não tardaram, tendo Jorge Sampaio encorajado Joaquim Chissano a continuar a luta pelo povo. Do mesmo modo, uma comitiva de ilustres presentes lembrou ainda a fuga de Chissano à PIDE em 1961, na qual se misturou com a multidão do arraial de S. João bracarense.

Jorge Sampaio avivou a luta de Joaquim Chissano pela paz, liberdade e democracia, assim como a manutenção das relações entre os dois países (Moçambique e Portugal).

O ex-chefe de Estado de Moçambique asseverou que "para nós, esta universidade tem um significado especial na medida em que a sua formação teve os alicerces no corpo de professores e dirigentes universitários que estiveram ligados à então Universidade de Lourenço Marques, hoje Universidade Eduardo Mondlane”

Fonte: JN

Ameaça de bomba em Marco de Canaveses

Ameaça de bomba em centro de saúde e escola EB 2,3 põe concelho de Marco de Canaveses em “estado de alerta”.

Durante a manhã de ontem, o centro de saúde da freguesia de Feira Nova, concelho de Marco de Canaveses, foi evacuado e isolado devido a uma ameaça de bomba.

O alerta foi dado aquando de uma chamada anónima para o local, tendo sido chamadas de imediato a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a equipa de Minas e Armadilhas, que acabaram por não encontrar qualquer engenho.

Hoje, sexta-feira, pelas 13 horas na escola EB 2,3 de Alpendorada e Matos, freguesia de Marco de Canaveses, uma nova chamada anónima fez com que todas as instalações fossem evacuadas, tendo sido chamadas para o local as mesmas “equipas” – GNR e Minas e Armadilhas.

Aquando da publicação da notícia, as equipas no local ainda não tinham encontrado qualquer tipo de engenho explosivo.

Ao que tudo indica, tudo não passou de uma brincadeira de um anónimo, do qual ainda nada se sabe, não havendo quaisquer pistas.

Os telefonemas anónimos fizeram com que se gerasse o pânico e insegurança nos locais afectados, levando ao encerramento e isolamento de ambos os edifícios.

Fontes: GNR local

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Alegados membros da ETA planeavam atentado em Valência


Agentes do Corpo Nacional da Polícia Espanhola detiveram, hoje de manhã, em Valência, dois presumíveis membros da ETA que planeavam cometer um atentado antes do referendo sobre a Constituição Europeia marcado para Domingo.

Os alegados membros da ETA, Mikel Orbezogo e Sara Bajaena, foram detidos na posse de uma bomba-lapa que pretendiam fazer explodir em Valência, no decorrer da semana.

Mikel Orbezogo foi detido numa rua perto da pensão onde passou a noite, enquanto que Sara Bajaena foi interceptada no quarto da mesma pensão.

A polícia encontrou, para além da bomba-lapa (utilizada para colocar por baixo dos automóveis, por exemplo), 350 gramas de massa de explosivo para elaborar outro artefacto similar, duas pistolas, 25 cartuchos de dinamite Titadyne, muita documentação falsa e ainda uma lista com nomes de políticos, empresários e juízes.

Os detidos “faziam parte de um comando terrorista da ETA que ia cometer vários atentados”, afirmou o Ministério do Interior.

As detenções deram-se após um ‘primeiro encontro’ dos agentes de informação com dois indivíduos suspeitos que se encontravam nas proximidades de Valência. Aquando da tentativa de identificação, um deles puxou de uma arma e começou a disparar contra os polícias, acabando, ambos, Mikel e Sara, por fugir.

Logo depois do tiroteiro e consequente fuga, a polícia conseguiu localizar a pensão onde estavam hospedados os dois alegados membros da ETA, dando-se, aí, as detenções.

Fontes: El Mundo e El País

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Negociações paradas entre Estados Unidos e Coreia do Norte


Estados Unidos rejeitam qualquer tipo de negociações bilaterais com Coreia do Norte enquanto esta não parar com o seu programa nuclear.

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan referiu que «não se trata de um assunto entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. Trata-se de uma questão regional com consequências para todos os seus vizinhos». Acrescentou ainda que «há muitas ocasiões, no contexto das negociações a seis, que permitem à Coreia do Norte dirigir-se directamente a nós. E já houve muitas dessas ocasiões».

O representante da Coreia do Norte nas Nações Unidas, Han Sung Ryol, declarou hoje a um jornal sul-coreano que só haverão negociações se houverem “condições adequadas”. O diplomata anunciou que «se os Estados Unidos aceitarem um diálogo directo connosco vamos interpretá-lo como um sinal de que estão a alterar a sua política hostil».

Setembro do ano passado foi o mês marcado para a quarta ronda de negociações multipartidas em Pequim, conquanto a Coreia do Norte tenha rejeitado voltar a negociar com os Estados Unidos enquanto estes continuassem com declarações hostis.

Coreia do Norte e Estados Unidos precisam conversar «cara a cara», como refere o diplomata norte-coreano, e afirma que caso essas conversações não sucedam, tal atitude será interpretada como «um não reconhecimento» do regime comunista.

Entretanto, a Rússia já apareceu em defesa do formato multipartido nas negociações sobre a crise nuclear na península coreana.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou hoje que «não vão criar-se novos mecanismos que excluam a Coreia do Norte das negociações, embora possa haver contactos bilaterais».

A Coreia do Norte declarou na passada quinta-feira possuir armas nucleares, embora estas se destinem a uma eventual invasão dos Estados Unidos. Assegurou ainda que se retira das conversações a seis (Coreia do Norte, Coreia do Sul, a Rússia, os Estados Unidos, a China e o Japão.

O ministro russo asseverou que «as negociações a seis são as mais adequadas para resolver os problemas relacionados com a não proliferação de armas nucleares, a segurança e a economia». Os contactos bilaterais entre os seis países que participam nas negociações nunca foram interrompidos ao longo das quatro rondas de negociações, iniciadas em Agosto de 2003.

A Rússia, embora tenha sido um dos principais aliados da Coreia do Norte até à presidência de Boris Ieltsin, mantém uma postura crítica relativamente ao regime de Kim Jong II. Por outro lado, contesta as pressões diplomáticas exercidas pelos Estados Unidos desde a chegada de George W. Bush à presidência.

Como resposta ao anúncio da passada quinta-feira feito pela Coreia do Norte, os seus parceiros comerciais declararam que tudo não passou de uma táctica, que já vem sendo habitual nos norte-coreanos, apenas com o intuito de abalar os Estados Unidos e fortalecer a sua posição nas negociações.

Pyongyang defende uma solução que passe pela conclusão de um acordo bilateral de não agressão que garanta a segurança e a sobrevivência do regime comunista.

Bill Clinton, antigo presidente dos Estados Unidos realizou um acordo semelhante em 1994, no qual a Coreia do Norte congelava todas as suas actividades nucleares em troca de petróleo e de ajuda alimentar.

A administração Bush nomeou o acordo realizado por Clinton de «fracasso», visto ter sido violado aquando do desenvolvimento do programa de enriquecimento de urânio pelo regime comunista da Coreia do Norte.


Fontes: JN e Lusa

Zapatero e Chirac discutem Constituição Europeia


Primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodriquez Zapatero, convida presidente francês, Jacques Chirac, chanceler alemão, Gerhard Schroeder, e primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, a participarem hoje em reunião pública sobre a aprovação da Constituição Europeia.

Este encontro deve-se ao facto de a Espanha ser o primeiro país a efectuar um referendo para aprovar o texto fundamental europeu, que decorrerá a 20 de Fevereiro.

O encontro entre os líderes políticos decorre em Barcelona durante o dia de hoje. Sílvio Berlusconi e Gerhard Schroeder não estarão presentes, devido a uma gripe que os obrigou a cancelar as suas viagens.

A realização da reunião nada tem a ver com os actos políticos e concentrações convocados pelos partidos por causa da consulta.

Uma sondagem oficial do Centro de Investigações Sociológicas espanhol refere que 51,2 por cento dos eleitores votarão a favor da Constituição Europeia no referendo de 20 de Fevereiro.
Os resultados da sondagem mostram um aumento de quase 10 pontos percentuais em relação aos últimos dados divulgados pelo mesmo organismo em Dezembro passado.

As estimativas indicam que, em França, 60 por cento dos eleitores votarão favoravelmente ao texto. Todavia, alguns especialistas afirmam que o apoio ao «sim» tem vindo a decrescer, devido à rejeição maioritária da eventual entrada da Turquia na União Europeia (UE) e a preocupações sociais.

Segundo fontes da presidência francesa, Jacques Chirac utilizará a seu favor argumentos relacionados com o progresso democrático e dinamismo económico europeu e o avanço decisivo que implicará para a presença internacional da EU.

Os dois dirigentes, após a reunião no Palácio de Congressos da Catalunha, terão um jantar de carácter privado onde analisarão não só a Constituição Europeia, mas também questões relacionadas com a Europa e com temas internacionais como a situação no Iraque e Médio Oriente.

Fontes: Expresso e El País

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

ETA volta a atacar

A organização terrorista ETA fez deflagrar, ontem em Madrid, um carro-bomba nas imediações dos pavilhões do Recinto Ferial Juan Carlos I, o parque de exposições da cidade. Horas depois do atentado seria aí inaugurada mais uma edição da Feira de Arte Contemporânea, ARCO. Trata-se já do quarto atentado da ETA este ano, o qual provocou 43 feridos ligeiros, danos nas fachadas dos edifícios situados perto do local e ainda a destruição de 7 automóveis.

Em visita à Polónia, o presidente do governo espanhol, Luís Zapatero, reagiu ao sucedido declarando que “as bombas só levam à prisão”, garantindo ainda a toda a sociedade espanhola que “o futuro do País Basco no conjunto de Espanha será construído apesar deles.”

Tudo teve inicio quando o diário “Gara”, de San Sebastian, recebeu um telefonema a anunciar a hora e o local da explosão do carro armadilhado. De imediato, a polícia espanhola cercou o local estabelecendo uma barreira de segurança.

No entanto, a localização descrita no telefonema não correspondia à localização correcta e a bomba explodiu cinco minutos antes do previsto. Eram 9h30 quando os trabalhadores de algumas empresas, situadas no Largo Don Juan e a 500m do parque de exposições, foram surpreendidos com os estilhaços dos vidros partidos.

19 dos 43 feridos foram assistidos no local enquanto que os restantes 24 foram levados para vários centros hospitalares da cidade. Ao final da tarde de ontem, todos os feridos tiveram alta.

Independentemente do atentado, os reis de Espanha e o presidente do México não deixaram de fazer a visita oficial de abertura da ARCO, agendada para o final do dia.
Fonte: Público

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Assaltantes conseguem escapar à polícia suíça

Três assaltantes entram no consulado espanhol em Berna, ao que tudo indica, para tentarem assaltar o cofre e fogem antes de a polícia chegar ao local.

Peter Theilkas, porta-voz da polícia em Berna, declarou aos jornalistas que os assaltantes, de identidade desconhecida, terão saído do consulado poucos minutos depois de terem entrado e ferido um segurança.

Os assaltantes terão abandonado o edifício após ter sido dado um alerta a uma patrulha local por um dos funcionários do consulado que conseguiu escapar.

A polícia manteve o edifício cercado durante sete horas, acreditando que os assaltantes ainda se encontravam no seu interior.

Forças de elite suíças entraram no consulado uma hora depois de terem dado um ultimato para que os “invasores” saíssem.

A tentativa de assalto ao consulado espanhol ficou marcada por várias contradições. Enquanto que as autoridades espanholas referiam que a situação estava resolvida e que os funcionários estavam bem, as autoridades suíças desmentiam essa informação, afirmando que os assaltantes estavam dentro do consulado, conquanto não soubessem se havia ou não mais reféns no interior.

O consulado esteve cercado desde as 8 horas locais (07:00 em Lisboa) até cerca das 15 horas locais, aquando do regresso à normalidade.

Fontes: JN e Lusa

Abbas e Sharon visitam Casa Branca na Primavera

Condoleezza Rice, secretária de Estado americana, anunciou hoje a ida de Ariel Sharon, primeiro-ministro israelita, e Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana, à Casa Branca. O encontro com George W. Bush irá realizar-se na Primavera, ainda que com datas diferentes para ambos os líderes.

A secretária de Estado Americana anunciou que fez «os convites recomendados pelo Presidente George W. Bush ao primeiro-ministro Sharon e ao Presidente Abbas para um encontro na Primavera e eles aceitaram».

«Trata-se de dois convites distintos», referiu um responsável americano sem precisar a data das visitas.

A realizar-se, será a primeira deslocação de um presidente da Autoridade Palestiniana à Casa Branca desde a chegada de Bush ao poder.

Ariel Sharon visitou pela última vez os Estados Unidos em Abril passado, sendo a nona vez desde que tomou posse como primeiro-ministro em Março de 2001.

Condoleezza Rice, após um encontro com Mahmoud Abbas em Ramallah, referiu que pretende ajudar os palestinianos na área da segurança, através da nomeação de um coordenador especial.

Já no aeroporto da capital israelita, Rice assegurou que a cimeira de Charm el-Sheikh, entre Abbas e Sharon, «vai ser um sucesso».

A realização de ambos os encontros e consequentes desenvolvimentos serão importantes para uma possível paz entre israelitas e palestinianos.

Fontes: Público e Lusa

Santana ao ataque em Castelo Branco

No comício que marcou o arranque oficial da campanha eleitoral do PSD, com vista ás eleições legislativas de 20 de Fevereiro, Pedro Santana Lopes criticou ferozmente o Partido Socialista e o seu ex-líder António Guterres.

Sabendo que o comício do PS se realizava à mesma hora na cidade, com a participação de António Guterres, Santana não perdeu a oportunidade de alertar os presentes em relação ao governo que José Sócrates propõe para o país, no seu entender, “o governo de Guterres sem Guterres”.

Diante de uma multidão que enchia o pavilhão municipal de Castelo Branco, Santana afirmou que o que está em causa nestas eleições é a escolha entre os sociais-democratas e “aqueles que fugiram em 2001”, numa referência clara em relação ao último governo socialista chefiado por António Guterres e do qual José Sócrates fez parte.

Num discurso voltado para o eleitorado centrista, que pode vir a revelar-se decisivo no escrutínio, Santana apelou ao voto – "Quero pedir a quem votou em nós em 2002 que utilize o sentido de justiça e que pense que é justo que volte a votar em nós, agora que fizemos a parte mais difícil".

Na cidade que viu nascer José Sócrates, Santana reiterou algumas das promessas eleitorais, como a redução do peso do Estado na administração pública e a baixa do IRC (imposto sobre as empresas), denotando uma clara satisfação pela recepção de que foi alvo.

Fonte: Lusa

sábado, fevereiro 05, 2005

CNE: NÃO à abstenção

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) lança amanhã uma campanha nacional que visa combater a abstenção nas eleições de 20 de Fevereiro. Para que as taxas de abstenção não sejam elevadas, esta iniciativa tem como objectivo incitar as pessoas a votarem dia 20.

Fátima Abrantes Mendes (CNE) declarou à Lusa que, apesar de já terem sido feitos apelos, a luta contra a abstenção começa amanhã, visto se tratar do dia oficial do início da campanha eleitoral.

Este projecto engloba acções como “spots” publicitários em rádios e jornais, tanto nacionais como regionais, cartazes espalhados pelas associações do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e ainda mensagens de apelo ao voto em todas as caixas Multibanco.

Quanto ao dia das eleições, e pela primeira vez em Portugal, os eleitores terão a possibilidade, caso queiram, de fazer reclamações. Para isso, estarão espalhadas pelas mesas de voto 14 mil folhetos de reclamações.

De acordo com as declarações de Fátima Mendes, esta campanha terá custos a rondar os 340 mil euros.
Fonte: Público

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Debate “pouco expressivo”

Debate televisivo entre líderes do PS e PSD, José Sócrates e Santana Lopes, respectivamente, mostrou-se pouco agressivo, tendo-se centrado, na sua maioria, na polémica em torno dos boatos da campanha eleitoral.

O novo modelo de debate adoptado acabou por não permitir que José Sócrates e Santana Lopes discutissem de forma mais “aberta” as questões políticas, visto que nenhum deles pôde interromper o seu adversário.

O debate foi moderado pelos jornalistas Ricardo Costa, Maria Flor Pedroso, José Gomes Ferreira e Rodrigo Guedes de Carvalho e foi transmitido em simultâneo na Dois e na Sic.

José Sócrates focou, particularmente, os três anos de governação PSD/CDS, enquanto que Santana Lopes vincou a sua imagem de “lutador”, que não se deixa derrotar, fazendo alusão à «fuga de António Guterres»

Aquando da pergunta da jornalista Maria Flor Pedroso acerca dos boatos da campanha eleitoral, José Sócrates, em tom um pouco exaltado, afirmou tratarem-se de «alusões absolutamente brejeiras», de «boatos mentirosos», e considerou-os mesmo como sendo «uma página negra na vida do PSD».

Santana Lopes reafirmou o que já tinha declarado nos meios de comunicação social. O líder social-democrata assegurou não ter feito qualquer tipo de insinuações quanto à vida privada de Sócrates, mesmo porque, segundo o mesmo, a vida privada não deve contar para voto.

O líder do PSD acusou Sócrates de «estar a ser levado ao colo por alguns sectores da sociedade».

Ambos os líderes se comprometeram a não aumentar os impostos, conquanto José Sócrates tenha também afirmado não os baixar. Pelo contrário, Santana Lopes referiu que, uma vez que as contas públicas começaram a ficar equilibradas, poderá haver uma descida do IRC.

O secretário-geral do PS prosseguiu, recordando que Durão Barroso tinha prometido um choque fiscal e não cumpriu. José Sócrates co-responsabilizou Santana Lopes por esse incumprimento.

José Sócrates reafirmou as suas intenções no que diz respeito à pobreza, anunciando que irá atribuir uma prestação complementar às pensões dos idosos com rendimento inferior a 300 euros mensais, acrescentando que não podem pedir «a um socialista para virar a cara para o lado quando existe pobreza».

Santana Lopes confrontou Sócrates, dizendo que a convergência das pensões mais baixas com o salário mínimo prossegue a bom ritmo.

Ambos os líderes não excluíram a possibilidade do levantamento do sigilo bancário, embora tenham divergido no que diz respeito à despenalização do aborto, os casamentos e adopções por casais homossexuais, a eutanásia e a clonagem.

José Sócrates confirmou a realização de um referendo sobre o aborto, dentro dos mesmos moldes do de 1998, caso vença as eleições.

Santana Lopes definiu a questão dos casamentos homossexuais, da eutanásia e da clonagem como temas da agenda política, o que levou Sócrates a declarar que «esses não são os temas da agenda política». Santana Lopes retorquiu, dizendo que «estes temas estão na agenda política em Espanha, nos Estados Unidos e na maioria dos países europeus».

No que se refere a propostas políticas não houve grandes surpresas. José Sócrates referiu a sua intenção de recuperar 150 mil empregos na próxima legislatura e pediu explicações a Santana Lopes relativamente à perda do mesmo número de postos de trabalho nos últimos três anos.

O líder social-democrata respondeu, explicando que o maior nível de desemprego se deu durante a governação de António Guterres.

José Sócrates pediu, mais uma vez, a maioria absoluta aos portugueses, afirmando que esta «não é para ter mais poder ou para desprezar as oposições», mas para dar a Portugal um governo para quatro anos.
Santana Lopes acusou o PS de ter a mesma equipa de governo de António Guterres, argumentando que «a equipa do PS é a mesma que agora quer voltar depois das contas públicas estarem mais em ordem» e acrescentou anunciando que «esta oratória do PS no sentido da maioria absoluta é para levar a que não se diga com quem é que se coliga».

O líder do PSD não se expressou quanto ao «limiar mínimo» para se manter na liderança do partido, em caso de derrota eleitoral.

No final do debate e como declaração final, Sócrates disse querer «transmitir aos portugueses energia, uma ambição. Estou aqui porque acredito em Portugal e nos portugueses».

Santana Lopes, pelo contrário, deixou no ar um voto de confiança: «contem comigo. Eu atrevo-me também a dizer que conto convosco».

Fonte: Expresso