quinta-feira, março 15, 2007

O primeiro dia... do resto da minha vida

O meu primeiro dia como estagiário teve um toque de nostalgia... daqueles tempos, enquanto miúdo, em que sonhava pisar, um dia, um terreno jornalístico real, onde se noticiasse o "país e o mundo". E assim foi. Nada de extraordinário, tudo de espectacular. Passo a explicar:

1º - Começamos bem cedo - eu e os meus dois colegas de casa, os dois "praças" -, pelas sete e meia da manhã já a casa ouvia os primeiros bocejares e os momentos matinais de ansiedade. No meu caso, por estranho que pareça até mesmo para mim, este estado de espírito não me afectou. Estive calmo desde o início até ao final.

2º - A chegada à SIC era aquela fase mais complexa em termos emocionais, ou não fôssemos nós meros estagiários. Depois de passado o torniquete da entrada tudo se revelou um tanto ao quanto familiar. Pelos corredores, pelos cenários, as caras conhecidas fluíam. O que até então eram vultos, símbolos de parte do jornalismo televisivo que se faz no país, passaram a ser figuras reais, de carne e osso, tal como nós, e, para melhorar as coisas, a trabalharem mesmo ao nosso lado.

3º - Um aspecto não menos importante foi a simpatia com que fomos tratados, tanto pelo pessoal das RH como pelos próprios colegas de profissão, ou de estágio. Pelos não muito longos corredores do edifício sucedem-se as portas que ora dão pa cenários, régies, salas de som, tradução, entre muitas outras.

4º - A mim cabe-me, nos próximos tempos, ficar na SIC on-line, enquanto que os dois "praças" estarão na Agenda. A decisão foi simples, com uma mera discussão decidimos a secção em que cada um de nós ficava. Ultrapassada esta estapa, dirigimo-nos para a redacção, carregada de secretárias, computadores e... gente conhecida.

5º - Hoje fiquei a conhecer, em traços gerais, aquilo que me espera nas próximas semanas. Agora, contrariamente ao que se passou nos dias que antecederam a "grande estreia", estou ansioso. O dia que agora acaba foi apenas o primeiro dia... do resto da minha vida. A ver vamos!

terça-feira, março 13, 2007

Há dias assim...

A Grande Crónica, digna de uma verdadeira aventura do Tim Tim, começou por levar-me para a cidade de Braga. Durante cinco anos fiz um pouco de tudo e um tudo de nada... Lá me fui desenrascando. Na verdade, o tempo que por lá passei foi interessante, stressante por vezes, bem passado na grande maioria das vezes.

A Grande Crónica abre agora um segundo capítulo, uma etapa um tudo nada mais complexa do que aquilo a que me habituei nestes últimos cinco anos. Espera-me o desconhecimento de uma profissão com a qual apenas sonhei. Há dias assim, em que acordamos e saímos para realizar uma frequência, mas também há aqueles em que nos levantamos para trabalhar - o primeiro dia de trabalho! Ansiedade? Poderia estar sob a sua posse. Não é o caso! Stress? Pra quê!?! Tenho andado a deambular pela minha nova cidade - Lisboa.

Há dias em que penso como será o primeiro dia de estágio. Há dias em que penso e aquilo que imagino é tão sobrenatural que a única coisa que me resta fazer é ignorar a minha fase nefelibata. E como numa guerra nunca se está sózinho encontrei mais dois "praças" nesta batalha unilateral - a nossa tentativa para agarrar o sonho. Há dias assim... Todos aos saltos pela casa, em frente aos computadores numa LAN improvisada, a pensar numa forma de ver a Sic Notícias de graça... Uns ansiosos, outros nem por isso, reina a boa disposição.

Há dias em que o messenger é a única forma de contactar com o "outro mundo", aquele que deixamos para trás quando iniciamos viagem. As guerras são mesmo assim: exigem deslocação de tropas. Por aqui, os três praças continuam a batalhar, ou melhor, a preparar a batalha que se avizinha. Há dias assim... Em que não se faz nada de específico, de prático, apenas de preparação.

O primeiro Praça, aquele que agora escreve, dá pelo nome de Hugo Monteiro - quer ser jornalista. O segundo Praça, novato nestas andanças de deixar a família, chama-se, desde o baptismo - efectuado por mim, "Conde" - Gonçalo Ferreira... Por incrível que pareça também quer ser jornalista. Pelo que me foi possível apurar... de desporto. O último Praça, uma senhora, tímida, encontra-se numa fase de "dura" ambientação, chama-se Joana Costa. É responsável pela manutenção da sanidade na guarita improvisada.

Há dias assim... Em que se escreve sem parar e só se pára para descansar. O messengar continua ligado, a LAN está a resistir aos sucessivos bombardeamentos da rede, os ânimos começam a acalmar. Aproxima-se a hora de entrarmos no "campo de batalha". Falta apenas um dia...

Há dias assim...