terça-feira, janeiro 11, 2005

Mahmoud Abbas: Novo rumo para a Palestina

Mahmoud Abbas venceu as eleições presidenciais palestinianas com 62,32 por cento dos votos, segundo os resultados finais divulgados pela Comissão Central de Eleições. Já o seu principal adversário, Moustapha Barghuti, reuniu apenas 19,80 por cento dos votos.

A taxa de participação nas eleições de domingo passado chegou aos 70 por cento e, de acordo com Hana Nasser, presidente da comissão eleitoral, votaram no escrutínio cerca de 775,146 palestinianos da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.

No entanto, no decorrer da conferência de imprensa, Nasser acusou as autoridades israelitas de terem colocado entraves à votação em Jerusalém Oriental. Este território foi anexado por Israel em 1967 e apenas 26 mil dos 120 mil eleitores registados votaram.

Apesar destes obstáculos, a vitória de Mahmoud Abbas foi recebida com grande expectativa por parte da Comunidade Internacional.

Segundo o jornal Público, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, encarou esta vitória como “um passo muito importante para a criação do Estado palestiniano viável e democrático”.

George Bush apresentou imediatamente a sua disponibilidade para receber Abbas na Casa Branca, algo que sempre recusou a Yasser Arafat.

Vladmir Putin, Jacques Chirac e Gerard Schroeder foram também alguns dos nomes que felicitaram o novo presidente da Autoridade palestiniana, considerando este passo decisivo no processo para a paz no Médio Oriente.
Fonte: Público

terça-feira, janeiro 04, 2005

Pôncio Monteiro acusa Santana de traição

Pôncio Monteiro já não é o número dois do PSD\Porto para as eleições legislativas de Fevereiro próximo.
Depois de ter acedido a um convite pessoal do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, Pôncio Monteiro viu o seu nome ser retirado da lista de candidatos a deputado pelo círculo do Porto, ao que tudo indica por pressões exercidas por Rui Rio, vice-presidente do PSD, junto do primeiro-ministro.

Ao longo dos últimos dias, tinha-se tornado claro que o nome de Pôncio Monteiro não reunia consenso na distrital do Porto, no entanto, era de todo improvável que o desfecho fosse este.

Visivelmente revoltado, Pôncio disse que "Santana Lopes nunca mais terá possibilidade de liderar o partido ou um governo".

Segundo ele, quem não consegue dominar um partido, também não consegue chefiar um governo. Em tom de ruptura, o economista acusa Santana de o ter apunhalado ao ter voltado atrás com a sua palavra sem lhe ter comunicado.

Convém não esquecer que Pôncio Monteiro está intimamente ligado ao F.C Porto e ao seu presidente Pinto da Costa, que já assumiu publicamente a intenção de enfrentar Rui Rio na campanha eleitoral que se avizinha.

Fonte : Lusa

Cavaco Silva recusa fotografia em «outdoor» do PSD



O PSD viu-se obrigado a modificar os “outdoors” de pré-campanha, uma vez que o Ex-primeiro-ministro, Cavaco Silva, não permitiu que a sua fotografia aparecesse.


Cavaco Silva, em carta enviada ao secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, alegou não estar, de momento, na política activa e que a sua exposição poderia interferir com a sua “carreira profissional”.


Fonte social-democrata declarou, hoje, à agência Lusa que os cartazes já estavam prontos e, além das fotografias de Cavaco Silva, Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, apenas incluíam a frase “ninguém fez mais por Portugal”.



A mesma fonte lamentou a atitude de Cavaco Silva e afirmou que “apesar de não sermos obrigados a pedir autorização, porque se trata de figuras que são património do partido, fizemo-lo. A família de Sá Carneiro, Durão Barroso, assim como Pinto Balsemão autorizaram, apenas Cavaco Silva recusou.”


Pedro Santana Lopes desvalorizou a recusa de Cavaco Silva em aparecer nos “outdoors” e anunciou que este “caso” não iria dificultar a preparação da campanha eleitoral. O líder do PSD acrescentou ainda que “nós, de algumas franquezas fazemos forças, por isso, apesar de tudo o que vai acontecendo, vamos continuar e chegar à meta, mesmo saltando muitos obstáculos."


O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, referindo-se a Cavaco Silva, anunciou hoje em Évora que "tendo em conta a sua pretensão de ser candidato à Presidência da República, não se engana perspectivando a derrota desta direita e, por isso, não quer queimar as mãos."


A recusa de Cavaco Silva em apoiar a campanha de Pedro Santana Lopes, mesmo que de forma indirecta, reflecte os “caminhos divergentes” existentes no PSD.


segunda-feira, janeiro 03, 2005

José Sócrates desmente subida do IVA


O Secretário-geral do PS, José Sócrates, não exclui a hipótese de aumentar os impostos caso seja eleito primeiro-ministro, embora rejeite um aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

José Sócrates falou hoje aos jornalistas após um encontro com professores que teve como objectivo preparar o seu programa eleitoral.

Confrontado com a notícia publicada no Diário de Notícias de hoje, a qual referia a intenção do líder do PS em aumentar o IVA em um por cento caso fosse eleito primeiro-ministro, José Sócrates mostrou-se irritado e recusou tal afirmação. Prosseguiu, assegurando que “é uma notícia falsa. O PS não vai fazer aquilo que o DN diz que o PS vai fazer. Não vale a pena perder tempo com notícias falsas.”

Desagradado com a insistência dos jornalistas, José Sócrates ainda referiu “que foi o PSD que aumentou o IVA e não o PS.”

O Secretário-geral do PS admitiu que, caso o PS ganhe as eleições, há a possibilidade de mexer nos impostos. Explicou que “com certeza isso é uma das funções do governo. Estará sempre disponível para resolver os problemas económicos.”

Quando questionado sobre uma eventual descida dos impostos, Sócrates afirmou que “com certeza que não. Baixar os impostos? Eu já disse no Parlamento que não vou baixar os impostos.”

Caso José Sócrates ganhe as eleições legislativas e, por ventura, aumente o IVA, não será o primeiro a fazê-lo, uma vez que este mesmo imposto já foi o suporte de outros governos no aumento da receita fiscal.

Fonte: Lusa