sábado, setembro 29, 2007

Menezes pede união no partido



Luis Filipe Menezes diz-se feliz com a atitude do Partido Social Democrata.
O novo líder do PSD garantiu que o partido deu uma lição de democracia ao país com as eleições directas.
Menezes falou dos dois meses de "disputa dura" e difícil com Marques Mendes.
No discurso de consagração, abordou alguns momentos históricos do país que foram, também, momentos importantes para a história, a cultura e a prática do partido.
Já quase no final do discurso, Menezes lançou aquele que é o primeiro objectivo da sua liderança: a união no partido e a consequente eliminação das divisões que se verificaram, nos últimos tempos, no interior do PSD.
O novo presidente do partido lançou o convite a todos os dirigentes sociais-democratas, em jeito de desafio a Marques Mendes: "todos são meus convidados".
O segundo grande pilar deste mandato é, naturalmente, o combate ao Partido Socialista e ao governo de José Sócrates.
Menezes saiu sob aplausos daqueles que se encontravam no Sheraton no Porto e, à semelhança de Mendes, sem responder aos jornalistas.

Marques Mendes assume derrota



A notícia já é oficial. Luis Marques Mendes perdeu as eleições directas para a liderança do PSD.
O ex-líder dos sociais-democratas acaba de assumir a derrota perante o eleitorado de direita.
Em conferência de imprensa não disse, no entanto, se considera ser uma derrota pessoal, mas sai destas directas com um desejo: que o novo líder consiga pôr em prática os objectivos que tinha para o partido.

Surpresa ou não?



Luis Filipe Menezes é o novo líder do PSD.
As primeiras projecções dão a vitória ao autarca da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
Menezes conseguiu, depois de toda a polémica que envolveu estas directas, superar Luis Marques Mendes e tornar-se no novo líder dos sociais-democratas.
Resta saber se Menezes vai realmente conseguir fazer a tão anunciada oposição ao governo de José Sócrates.

sábado, setembro 01, 2007

E Portugal continua a subir...



Steve Jones venceu, pela primeira vez este ano, o Red Bull Air Race... e logo em Portugal.
O britânico chegou, fez desde logo os melhores tempos, e acabou com o melhor resultado até agora.
Portugal e as cidades de Porto e Gaia é que também ficaram a ganhar com o evento.
É bom ver Portugal a subir...

terça-feira, julho 17, 2007

Que liderança para o PSD?



Marques Mendes
Ferreira Leite
Aguiar Branco
Rui Rio
Filipe Menezes
Guilherme Silva

segunda-feira, julho 16, 2007

O final do programa nuclear?



As últimas informações indicam que a Coreia do Norte de Kim Jong Il vai abandonar o seu programa nuclear. Durante o dia de hoje, inspectores das Nações Unidas vão reentrar no país. Esta autorização, depois de múltiplas tentativas frustradas, é o reflexo do acordo celebrado na última ronda de conversações a seis.

De acordo com o chefe da equipa de inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica, Adel Tolba, “com o tipo de ajuda que recebemos [recebem] da Coreia do Norte nas últimas semanas, pensamos [pensam] realizar o nosso [deles] trabalho de desmantelamento do programa nuclear com sucesso”.

A equipa, constituída por dez investigadores, parte hoje de Pequim para Pyongyang na Coreia do Norte. Quatro anos e meio após a ordem de expulsão que levou à reactivação do reactor nuclear de Yongbyon e após a realização do primeiro teste em Outubro de 2006, aparecem os primeiros sinais que podem levar ao fim do isolamento do país e das várias sanções.

De salientar que o reactor foi desactivado depois de a Coreia do Sul ter enviado um carregamento de combustível para o Norte e de os Estados Unidos terem assegurado o final das sanções impostas.

Júdice e a ginecologia

Parece inacreditável vindo de Júdice, vindo do mandatário do presidente eleito para Lisboa e de um homem ligado à justiça. Mas vale a pena ler e... meditar!


“Sinto-me um ginecologista: trabalho onde espero que muitos se divirtam”.


José Miguel Júdice em entrevista ao JN de hoje

A vitória da abstenção

E Lisboa tem novo presidente...
Pelo menos por mais dois anos...

quinta-feira, julho 12, 2007

Costa e as Intercalares em Lisboa



Fonte: Expresso


De acordo com a sondagem Expresso/Sic/Rádio Renascença, publicada hoje, António Costa é o vencedor das eleições intercalares que se realizam já no próximo domingo. O candidato do PS não conseguirá, tendo por base a mesma sondagem, alcançar uma maioria.

A questão que se irá colocar a partir de segunda-feira é se haverá ou não uma aliança pós-eleitoral. Se Costa aderir, muito provavelmente não conseguirá a tão almejada maioria daqui a dois anos. Basta olhar para a Europa e para os vários exemplos. Sempre que houve alianças a maioria foi inexistente aquando da recandidatura. Todavia, quando se trata de um único candidato sem maioria - como possivelmente será o caso de António Costa - há essa possibilidade. Porquê? Basta ter de estar dependente da assembleia municipal e dos outros autarcas para tomar toda e qualquer decisão. Na prática isto quer dizer que Costa poderá ter que contar com a boa vontade dos outros constituintes do executivo. O que é que o candidato do PS pode alegar? Pode simplesmente dizer que sem maioria a Câmara de Lisboa se torna ingovernável. Não é este um facto satisfatório e convincente? Certamente vai ser aludido várias vezes e por variadas circunstâncias. E mais... Pode funcionar como estratégica. Mas trata-se aqui de especulação. Excepto no facto de que António Costa será o próximo presidente da Câmara Municipal de Lisboa e que, a verificar-se os 32,5% nas intenções de voto, será o melhor resultado de sempre do PS em Lisboa. Quanto ao PSD e ao candidato Fernando Negrão, os 18,4% representam o pior resultado dos social-democratas na capital.

No emaranhado de candidatos, a grande surpresa - ou não - são os cerca de 15,9% de Carmona Rodrigues, ex-presidente. O candidato independente consegue não só eleger-se a si como também Pedro Feist e Gabriela Seabra. No outro extremo e em vias de não ser eleito está Telmo Correia do CDS-PP. No melhor dos cenários, os centristas conseguirão eleger um elemento: nada mais do que o cabeça de lista - Telmo Correia. A verificar-se a não-eleição de um mandato do
CDS-PP, será a primeira vez desde o 25 de Abril.

Do lado da esquerda, a candidatura da CDU, com Ruben de Carvalho, e do Bloco de Esquerda, com José Sá Fernandes, conseguirão eleger somente os cabeça de lista. Helena Roseta, independente e ex-PS, pode, em caso de aliança pós-eleitoral com o PS, ser a salvação de António Costa para levar a direcção da Câmara de Lisboa a bom porto. Falta saber se há interesse e disponibilidade de ambas as partes para avançarem para o dito acordo.

Quanto aos partidos e candidatos "ditos mais pequenos", isto é, com menos expressão em termos de votos, Garcia Pereira do PCTP/MRPP será o primeiro com 0,8%. A verdade é que todos juntos - PCTP/MRPP, PND, PNR, PPM e MPT - totalizam apenas 1,8% das intenções de voto. Em termos de eleição precisariam de mais 3% - todos juntos - para terem um mandato.

Resta esperar por domingo e ver se há discrepâncias ou se, pelo contrário, se confirma a sondagem. O mesmo se aplica à existência ou não de alianças pós-eleitorais. Esperam-se os discursos de vitória e os de resignação.

quinta-feira, julho 05, 2007

Alan Johnston e a tirada do Hamas


O mundo respirou de alívio ontem quando, finalmente, o jornalista britânico da BBC, Alan Johnston, foi libertado. Johnston esteve 114 dias em cativeiro sem saber se voltaria a sair da “prisão” que lhe fora imposta. O rapto do repórter fez lembrar muitos outros casos, infelizmente, menos bem sucedidos. Importa retirar algumas conclusões deste caso em particular, nomeadamente no papel que teve o Hamas.

Alan Johnston foi bem tratado, se tivermos em conta que se fala de um rapto numa zona muito sensível do mundo. Das 16 semanas em que esteve desaparecido apenas por uma vez exerceram alguma violência sobre ele.

O avanço do Hamas em Gaza e a consequente tomada do território à Fatah marcou a viragem na história deste rapto. Pode dizer-se que o Hamas na sua ofensiva não foi tão eficiente quanto eficaz. Houve violência, feridos e mortos; prédios destruídos e todas aquelas imagens a que aquela zona do globo já nos habituou. Mas o Hamas conseguiu, de facto, impor alguma segurança, respeito e calmaria depois de duas semanas mais conturbadas. Cercou o bairro de Sabra, na faixa de Gaza, e “apertou” o clã Dogmush ao qual pertence o Exército do Islão. Na prática, colocaram a região em estado de sítio: ruas fechadas e muita vigilância nos telhados das casas. O Hamas, através do líder militar Ahmad Jabari, conseguiu marcar um encontro com o chefe do Exército do Islão, Mumtaz Dogmush, para discutirem a libertação do jornalista. A conversa foi produtiva e a aprovação para a libertação de Johnston saiu. Quando se apercebeu já Johnston estava em casa de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, na presença de diplomatas britânicos e do próprio líder palestiniano. Há um outro aspecto importante no meio de todo este enredo. O Hamas anunciou, há já alguns dias, que os estrangeiros e os jornalistas são bem-vindos na região e que todos aqueles que atentarem contra a sua segurança ou bem-estar serão condenados.

Representará este acto o redimir do Hamas e o possível reencontro com a paz e a organização? Estará o Hamas disposto a abdicar dos sucessivos ataques contra Israel e, por outro lado, estará Israel a ponderar dar mais credibilidade ao movimento? Uma coisa é certa. O Hamas teve o seu mérito neste episódio e, sem sombra para dúvida, conseguiu mostrar uma outra face, mais humana e que, certamente, influenciou tanto a opinião pública como também – e esta é muito importante – o estado Israelita.

quarta-feira, junho 06, 2007

Guerra Colonial em Angola: estórias na primeira pessoa

Esta é uma reportagem com relatos interessantes de quem viveu directamente, na frente de ataque, a Guerra Colonial em Angola.
O texto é do jornalista João Vaz e retirado do site do Correio da Manhã, hoje 5 de Junho de 2007.


“Os combates eram duros e muito feios”, recorda Libânio Pontes Miquelina, alferes na 105 do Batalhão de Caçadores 96, o primeiro a entrar em Nambuangongo, no Norte de Angola, ao fim da tarde de 9 de Agosto de 1961. Com o êxito da ‘Operação Viriato’, a primeira de grande dimensão nas campanhas de África, acabou-se com o ‘santuário da UPA’, onde os independentistas se consideravam inexpugnáveis, apesar de alguns aviões da Força Aérea Portuguesa irem de vez enquanto lá despejar uma bombas.

A partir de um morro rodeado de matas diabólicas, com as picadas que lá conduziam obstruídas por árvores e muitas valas, a UPA lançava ataques a povoações próximas e mantinha sob ameaça cidades mais distantes como Carmona, Ambriz e mesmo Luanda. Para o comando militar português destruir a base tornou-se decisivo e não teve dúvidas em montar uma operação de envergadura.

Por três itinerários diferentes, outras tantas forças militares receberam ordens para chegar a Nambuangongo. O Batalhão de Caçadores 114 comandado pelo tenente-coronel Henrique de Oliveira Rodrigues foi o único que não conseguiu lá chegar. E o 96, do tenente-coronel Armando Maçanita o primeiro a atingir o objectivo, tendo à frente a Companhia 103 dos alferes Santana Pereira, já falecido, e Casimiro, que veio a morrer em campanha.

Libânio Miquelina, que se estreara em fogo a sério no 10 de Junho de 1961 com o ataque à Pedra Verde, era um dos alferes da Companhia 105 que se previa ser a primeira a chegar Nambuangongo.

“Ficámos um pouco para trás por causa de um avião Drossard, atingido por uns tiros inimigos e que, vendo a localidade ocupada por militares, decidiu aterrar na rua central de Muxaluando, a uns 20 km de Nambuangongo”, conta Libânio Miquelina, alentejano de Grândola com quatro comissões em África, sendo três em Angola e a última 1971-73 em Moçambique, onde comandou uma unidade de morteiros.

Rumo a Nambuangongo, numa ofensiva que durou mais de 20 dias de intensos combates, as dificuldades começaram numa ponte sobre o Dange, a cem km do objectivo.

“Quando chegámos à zona tivemos de intervir rápido porque descobrimos que eles estavam a tentar destruir a única ponte existente”, conta o alferes da 105. “Eles faziam grandes fogueiras com muitas árvores e ramos sobre o tabuleiro e depois baldeavam água por cima para estalarem com o cimento através do efeito da diferença de temperaturas. Foi um ataque difícil porque eles já tinham metralhadoras automáticas, além de canhangulos e bazucas, enquanto no Exército português as melhores ferramentas para cavar os abrigos eram as baionetas das espingardas Mauser. Deixei lá dois mortos e muitos feridos.”

Os ataques inimigos aconteciam de dia e de noite, ao meio-dia e ao meio da tarde, mas nunca chegaram ao corpo a corpo de que às vezes se fala.

“Os guerrilheiros tinham uma segunda vaga armada de catanas para nos atacarem, caso nos derrotassem ou fugíssemos, mas na minha companhia travámo-lhes sempre as intenções. Além das metralhadoras, o canhangulo é que era a mais temível arma deles. Aquilo disparava uma carga com pregos e pedras que levava tudo à frente, enquanto uma bala fazia só um buraquinho a entrar e um maior à saída.”

A tomada de Nambuangongo constituiu uma viragem na guerra. Com a mobilização de meios militares, a segurança das populações foi sendo reposta. A Companhia 105 ficou oito meses a controlar a zona.

COMANDANTE DA REGIÃO MILITAR MORRE EM QUEDA DE AVIÃO

A adaptação da chefia militar à nova situação em Angola concretizou-se com a nomeação efectiva a 1 de Junho de 1961 do general Carlos Manuel Lopes da Silva Freire para comandante da Região Militar de Angola em substituição do general Monteiro Libório, em funções desde Setembro de 1959.

Enquanto ao antecessor coubera sobretudo a tomada de medidas preventivas contra a subversão independentista, que já se adivinhava, a Silva Freire coube o papel de comandante das operações de guerra.

Militares desse tempo lembram que “era apresentado como o melhor general que Salazar tinha”. Em Angola, tomou a iniciativa na acção militar e a ele se devem as directivas que conduziram à tomada de Nambuangongo e, de um modo geral, ao controlo de toda a região Norte abalada pelos massacres da UPA. Ficou famosa uma ‘directiva para a época das chuvas’, desmistificadora na medida em que apontava para um incremento das acções militares numa estação considerada inadequada para as operações em zonas já se si intransitáveis por causa de árvores abatidas e valas.

O tempo de comando de Silva Freire foi, porém, curto. Após pouco mais de cinco meses, em 1.º de Novembro de 1961 morreu devido à queda do avião em que viajava juntamente com quase todo o seu Estado-Maior. Na lista dos 18 mortos no desastre no Chitado estão também um brigadeiro, quatro tenentes-coronéis, dois majores e dois capitães.

COMBATENTES

O HOMEM QUE CHEGOU A NAMBUANGONGO

Armando Maçanita, à frente do Batalhão de Caçadores 96, ganhou lugar de destaque na galeria dos heróis: comandou com êxito a primeira grande acção militar da Guerra de África – a ‘Operação Viriato’, entre 10 de Julho e 9 de Agosto de 1961, com o objectivo de conquistar a vila de Nambuangongo, no Norte de Angola, em poder dos guerrilheiros da UPA. Armando Maçanita faleceu em 2006

O COMANDANTE DO PELOTÃO DE ENGENHARIA

O Batalhão de Caçadores 96, na marcha de Luanda para Nambuangongo, encontrou obstáculos naturais difíceis de imaginar. Valeu o pelotão de Engenharia, comandado pelo alferes Jorge Jardim Gonçalves: construiu jangadas e removeu árvores de grande porte para erguer pontes sobre vales dos rios. “Se não fosse o alferes Gonçalves, não sei se teria chegado a Nambuangongo”, dirá o coronel Maçanita. Jardim ganhou uma Cruz de Guerra.

GOLPES DE MÃO NA GUINÉ E EM MOÇAMBIQUE

Carlos Matos Gomes, Comando oriundo de Cavalaria, é dos oficiais com mais experiência de combate – e carrega no corpo algumas marcas da guerra. Participou nas mais duras operações militares – entre elas, duas das mais míticas: a ‘Nó Górdio’, em Moçambique, que acabou por ficar aquém dos resultados esperados; e a ‘Ametista Real’, na Guiné, que consistiu na destruição de uma base da guerrilha no território do Senegal.

O OFICIAL 'COMANDO' DAS CINCO MISSÕES

Jaime Neves, oficial de Infantaria, cumpriu cinco comissões – uma na Índia e quatro em África. Em Angola, começou como comandante de Caçadores Especiais e integrou em 1965 a 2.ª Companhia de Comandos com missões alargadas a Moçambique. Foi promovido a major em 1972 ao assumir o comando do Batalhão de Comandos. Em 1974 foi lá buscar a Companhia 2045 e esteve à frente do Regimento da Amadora de 1974 a 1981.

FUTURO HISTORIADOR EMBARCOU À FRENTE

António Pires Nunes devia seguir com a sua companhia de Artilharia no primeiro embarque para África, a bordo do ‘Niassa’ a 21 de Abril de 61. Foi desviado para a guarnição militar do cargueiro ‘Benguela’ que transportava uma enorme quantidade de material de guerra. Chegou a Luanda a 6 de Maio e seguiu para a frente de guerra na região Norte. Fez mais três comissões antes de se tornar no historiador militar das campanhas em Angola.

NOTAS

AJUDA AS FAZENDAS

Os fazendeiros do Norte de Angola, atacados pelos guerrilheiros da UPA, em 1961, foram ajudados por um generoso grupo de civis de Luanda proprietários de pequenos aviões – que formaram a Esquadrilha de Voluntários do Ar (EVA). Descolavam da capital e levavam aos colonos sitiados mantimentos, medicamentos e armas. Regressavam a Luanda com refugiados.

VOLUNTÁRIOS DO AR

A Esquadrilha de Voluntários do Ar (EVA) foi fundada, em Angola, por Rui de Freitas, Carlos Monteiro, Afonso Vicente Raposo, Carlos Mendes, Jaime Lopes, Rui Manaças, Mário Dias e Pereira Caldas. Cada um fez centenas de horas de voo – em socorro dos colonos do Norte. Voavam muitas vezes em condições difíceis e aterravam nas picadas lamacentas.

SUBSCRIÇÃO PÚBLICA

As notícias dos esforços dos pilotos da EVA chegam à Metrópole. Os aviões não eram suficientes. Não havia aparelhos de reserva para substituir os que eram obrigados a parar para operações de manutenção dos motores. A Emissora Nacional e a RTP lançam então uma subscrição pública – e o dinheiro recolhido deu para comprar cinco aviões Auster.

FORÇA AÉREA

Meses depois da Esquadrilha dos Voluntários do Ar entrar em acção, o Governo criou por decreto a Força Aérea Voluntária (FAV), que passou a fazer a organização militar de Angola e para onde transitaram os pilotos da EVA. Passaram a cumprir missões estritamente militares. Quando se deu a independência, em 1975, estes pilotos tinham o posto de tenente.

'BALA NÃO MATA'

Os guerrilheiros da UPA, no Norte de Angola, emboscavam as tropas e, por vezes, atacavam em hordas, às centenas: enfrentavam as balas de peito aberto, armados de catanas, paus e canhangulos, alguns aos gritos de “bala não mata”. Os militares estavam mal armados: dispunham de poucas armas automáticas, apenas de velhas espingardas Mauser de repetição.

CABEÇAS CORTADAS

Os guerrilheiros, nestes primeiros meses de guerra, acreditavam na ressurreição: mesmo que fossem mortalmente atingidos voltavam a viver – só morriam se lhes fosse amputada parte importante do corpo. Os militares receberam ordens para decapitarem os cadáveres e espetarem a cabeça em estacas – para provar aos vivos que morriam se atacassem os portugueses.

quinta-feira, maio 10, 2007

É disto que vivem o país e o mundo?


Os últimos dias têm servido para apresentar aspectos vários e variados da noticiabilidade. E porquê?

Não é difícil descortinar aquilo a que me refiro. As televisões, os jornais, as rádios, todos os meios online – blogues, sites – têm estado numa luta desenfreada para conseguirem saber o que se passa com a pequena Maddie.

Um aspecto que se salienta de toda a intervenção dos jornalistas portugueses, nomeadamente, prende-se com o facto de quererem descobrir a criança mesmo antes das autoridades responsáveis pela investigação. Até o Politicada se vê obrigado a escrever sobre o assunto, a realizar uma votação e a colocar como imagem da semana umas das inúmeras fotografias da desaparecida.

O que faz alguém raptar uma criança? O que leva alguns pais a deixarem os seus filhos – crianças – sozinhas em casa enquanto jantam num restaurante? As questões são proeminentes, conquanto não sejam aquelas que, nesta abordagem, me digam respeito.

O objectivo primeiro é questionar, observar e fazer uma pequena análise da cobertura jornalística que tem sido dada ao caso.

Outras questões se levantariam neste sentido. Aliás, foram mesmo levantadas outras interrogações, por exemplo com o caso da pequena Joana que, segundo algumas vozes que se fizeram ouvir, não teve a mesma “intensidade” nas buscas.

Penso que a palavra “intensidade” descreve objectivamente algo que é, por razões óbvias, subjectivo e complexo. Lagos foi assaltada por um exército de jornalistas com uma missão comum: saber, passo a passo, o que está a acontecer. Desde o babete – que uns dizem tratar-se de uma camisola de alças – até à deslocação dos pais de Madeleine para a PJ. As câmaras estão constantemente apontadas para o local do jornalista que, sempre que necessário, entra em acção para uma vez mais repetir toda a informação anterior e, quando possível, revelar algo de novo.

O jornalismo é assim. Repete-se para que o público absorva mais facilmente a informação. As investigações estão praticamente finalizadas sem que, todavia, se saiba o paradeiro da criança. O que será dos jornalistas? Dos helicópteros das televisões? Das centenas de cabos, dezenas de câmaras, jornalistas, carros de exteriores e enviados especiais à terra natal da pequena Maddie?

A resposta é óbvia. Todos regressarão a casa e, sempre que se justifique, voltarão ao ataque. O jornalismo é assim mesmo. E quanto aos pais? Este é um lado da história que é certamente mais difícil de delinear. As palavras consolam mas não trazem a criança. A cobertura jornalística ajuda (???) mas no final o resultado é o mesmo.

De todo este drama gostaria apenas de salientar um aspecto: a frente de ataque. Na primeira fila, no início da rua, nas conferências de imprensa da PJ – a tirarem as folhas ao director-adjunto – estão sempre os jornalistas. Há que distinguir aqui dois tipos de profissionais: os Portugueses e os Ingleses. Ou melhor, há que tentar encontrar diferenças entre ambos.

Os tablóides ingleses são reconhecidíssimos pelo sensacionalismo e pela “intensidade” com que tratam os factos. A novidade aqui, que não tem sido grande nos últimos tempos, é a actuação dos media portugueses. Neste suposto rapto que aconteceu em Lagos, os dois grandes exércitos uniram-se numa mesma luta.

Não vou alongar mais este “post”, mas pretendo apenas deixar “no ar” esta questão: a intensificação dos media portuguesa nos temas que mais mexem com os sentimentos das pessoas. Será que os media portugueses, em geral, estão a tornar-se sensacionalistas? Será esse, num futuro próximo, o critério de noticiabilidade? Pessoalmente espero que não. Na prática, quem tem visto televisão, lido jornais ou media online ou mesmo ouvido noticiários, saberá do que aqui se trata…

É curioso conhecermos determinados pressupostos jornalísticos e percebermos que na prática nada disso existe. Não há sequer a preocupação em saber se a cobertura jornalística está a corresponder aos interesses da maioria do público. Acredito que os portugueses estejam, por esta altura, ansiosos por saberem o paradeiro da menina. Do mesmo modo, também acredito que estejam fartos de terem, de manhã à noite, imagens e relatos da pequena Maddie a entrarem-lhe pela casa dentro.

Só para terminar, até a resignação de Tony Blair veio em hora inoportuna. Talvez o sr. Blair devesse “puxar as orelhas” aos seus assessores por não terem escolhido uma boa altura para o seu comunicado. Enfim, o jornalismo é isto mesmo. Vive de encontros e desencontros, tanto no país como no mundo. Não é isso que ouvimos diariamente?

terça-feira, maio 01, 2007

O Silêncio

No meio de mais uma polémica a envolver a Câmara de Lisboa, desta vez com Carmona chamado a depor como arguido, eis que surge mais uma variável...o Silêncio. Parece estranho, mas é mesmo verdade. Se Carmona fugiu, em silêncio, melhor não fez o líder do PSD que, depois do dito silêncio, prometeu "falar a muito curto prazo". Coisas da política, sim, mas não só. Li num dos muito livros de Relações Públicas que estudei na faculdade - confesso que na altura os julgava inúteis - que o silêncio é a pior arma nas alturas de crise. Ora se julgar que isto não é uma crise no seio do município e do PSD está fora de hipótese, julgo mesmo que só pode ser um erro estratégico dos envolvidos.

O Exemplo Sócrates

Apesar das sondagens não reflectirem uma grande alteração na popularidade do nosso "Primeiro", é óbvio aos olhos de todos que o Silêncio que mediou a notícia das dúvidas quanto ao seu curriculum e a entrevista na RTP manchou a sua imagem. Os danos são para já difíceis de calcular mas a bala está lá - inegavelmente. A oposição, para além de não ter aproveitado o tal Silêncio, também ela não lida bem com ele. Definitivamente há algo a fazer e sem dúvida muito a ensinar sobre o "Silêncio".

segunda-feira, abril 30, 2007

Fábrica de Currículos

O caso UNI, para além de ter materializado a primeira nódoa negra na imaculada prestação do nosso Primeiro, chamou a atenção do país para outra realidade: o ensino privado em Portugal. Na década de 90 proliferaram pelo país verdadeiras "fábricas de currículos", aproveitando a liberalização do ensino superior privado. Ao Estado coube o papel de regulador na formação destas universidades, tarefa que incluiu a aprovação dos planos curriculares dos diversos cursos ministrados e a fiscalização de todos os certificados de habilitações emitidos. Assim está definido por lei.

Rudemente, podemos considerar a evolução do ensino privado português disforme, isto porque se por um lado temos universidades de créditos firmados como a Católica, por exemplo, por outro pairam pelo país peculiares organizações de ensino, cuja fiabilidade ninguém pode garantir. Com propinas que chegam aos 400€ mensais, são um acesso “fácil” ao El dorado da Educação e, sem grandes dificuldades, qualquer transeunte pode intitular-se de universitário, com muitos euros pelo meio, claro. Ora esta situação originou uma crescente onda de desconfiança em relação ao ensino que lá se ministrava, o que não impediu essas organizações com fins lucrativos de continuarem a crescer. Basta recordar o mau exemplo dado plas Universidades Aberta e Moderna.

O caso UNI prova que há motivo para suspeitar na actividade destas instiutições. O exame de american english (o inglês usado por Sócrates e que não corresponde à disciplina à qual foi avaliado – Inglês Técnico) enviado por e-mail a partir de casa e, como se não bastasse, com uma nota que está longe de ser a adequada à capacidade do aluno vem, no mínimo, deixar mais algumas dúvidas quanto à veracidade dos certificados de habilitações das "privadas". Os danos colaterais são inevitáveis e muitas instituições respeitáveis vão ser afectadas por este clima de desconfiança. Factos como secretarias a funcionar ao Domingo e trabalhos impressos em folhas com carimbos governamentais são actos inaceitáveis em instituições que se dizem de utilidade pública.

Falta de Moral

Quanto ao aluno José Sócrates, causa especial perplexidade a falta de ética do hoje primeiro-ministro. É regra comummente definida que os trabalhos para avaliação devem ser entregues numa folha onde, para além do nome do aluno, apenas pode constar, obviamente, a respostas às perguntas. O selo do ministério do ambiente é desnecessário e reprovável. Quanto à intencionalidade do acto só Sócrates pode responder, ficando as considerações pessoais para cada um de nós. Mais do que perguntas, os portugueses querem respostas de Mariano Gago, ministro da Ciência e do Ensino Superior e responsável máximo pela fiscalização das universidades privadas. Enquanto isso a "fama" das universidades particulares vai crescendo, dando razão às entidades empregadores que, salvo excepções que confirmam a regra, continuam a preferir os alunos provenientes do ensino superior público. Vá-se lá saber porquê!

quinta-feira, março 15, 2007

O primeiro dia... do resto da minha vida

O meu primeiro dia como estagiário teve um toque de nostalgia... daqueles tempos, enquanto miúdo, em que sonhava pisar, um dia, um terreno jornalístico real, onde se noticiasse o "país e o mundo". E assim foi. Nada de extraordinário, tudo de espectacular. Passo a explicar:

1º - Começamos bem cedo - eu e os meus dois colegas de casa, os dois "praças" -, pelas sete e meia da manhã já a casa ouvia os primeiros bocejares e os momentos matinais de ansiedade. No meu caso, por estranho que pareça até mesmo para mim, este estado de espírito não me afectou. Estive calmo desde o início até ao final.

2º - A chegada à SIC era aquela fase mais complexa em termos emocionais, ou não fôssemos nós meros estagiários. Depois de passado o torniquete da entrada tudo se revelou um tanto ao quanto familiar. Pelos corredores, pelos cenários, as caras conhecidas fluíam. O que até então eram vultos, símbolos de parte do jornalismo televisivo que se faz no país, passaram a ser figuras reais, de carne e osso, tal como nós, e, para melhorar as coisas, a trabalharem mesmo ao nosso lado.

3º - Um aspecto não menos importante foi a simpatia com que fomos tratados, tanto pelo pessoal das RH como pelos próprios colegas de profissão, ou de estágio. Pelos não muito longos corredores do edifício sucedem-se as portas que ora dão pa cenários, régies, salas de som, tradução, entre muitas outras.

4º - A mim cabe-me, nos próximos tempos, ficar na SIC on-line, enquanto que os dois "praças" estarão na Agenda. A decisão foi simples, com uma mera discussão decidimos a secção em que cada um de nós ficava. Ultrapassada esta estapa, dirigimo-nos para a redacção, carregada de secretárias, computadores e... gente conhecida.

5º - Hoje fiquei a conhecer, em traços gerais, aquilo que me espera nas próximas semanas. Agora, contrariamente ao que se passou nos dias que antecederam a "grande estreia", estou ansioso. O dia que agora acaba foi apenas o primeiro dia... do resto da minha vida. A ver vamos!

terça-feira, março 13, 2007

Há dias assim...

A Grande Crónica, digna de uma verdadeira aventura do Tim Tim, começou por levar-me para a cidade de Braga. Durante cinco anos fiz um pouco de tudo e um tudo de nada... Lá me fui desenrascando. Na verdade, o tempo que por lá passei foi interessante, stressante por vezes, bem passado na grande maioria das vezes.

A Grande Crónica abre agora um segundo capítulo, uma etapa um tudo nada mais complexa do que aquilo a que me habituei nestes últimos cinco anos. Espera-me o desconhecimento de uma profissão com a qual apenas sonhei. Há dias assim, em que acordamos e saímos para realizar uma frequência, mas também há aqueles em que nos levantamos para trabalhar - o primeiro dia de trabalho! Ansiedade? Poderia estar sob a sua posse. Não é o caso! Stress? Pra quê!?! Tenho andado a deambular pela minha nova cidade - Lisboa.

Há dias em que penso como será o primeiro dia de estágio. Há dias em que penso e aquilo que imagino é tão sobrenatural que a única coisa que me resta fazer é ignorar a minha fase nefelibata. E como numa guerra nunca se está sózinho encontrei mais dois "praças" nesta batalha unilateral - a nossa tentativa para agarrar o sonho. Há dias assim... Todos aos saltos pela casa, em frente aos computadores numa LAN improvisada, a pensar numa forma de ver a Sic Notícias de graça... Uns ansiosos, outros nem por isso, reina a boa disposição.

Há dias em que o messenger é a única forma de contactar com o "outro mundo", aquele que deixamos para trás quando iniciamos viagem. As guerras são mesmo assim: exigem deslocação de tropas. Por aqui, os três praças continuam a batalhar, ou melhor, a preparar a batalha que se avizinha. Há dias assim... Em que não se faz nada de específico, de prático, apenas de preparação.

O primeiro Praça, aquele que agora escreve, dá pelo nome de Hugo Monteiro - quer ser jornalista. O segundo Praça, novato nestas andanças de deixar a família, chama-se, desde o baptismo - efectuado por mim, "Conde" - Gonçalo Ferreira... Por incrível que pareça também quer ser jornalista. Pelo que me foi possível apurar... de desporto. O último Praça, uma senhora, tímida, encontra-se numa fase de "dura" ambientação, chama-se Joana Costa. É responsável pela manutenção da sanidade na guarita improvisada.

Há dias assim... Em que se escreve sem parar e só se pára para descansar. O messengar continua ligado, a LAN está a resistir aos sucessivos bombardeamentos da rede, os ânimos começam a acalmar. Aproxima-se a hora de entrarmos no "campo de batalha". Falta apenas um dia...

Há dias assim...


domingo, fevereiro 11, 2007

Referendo ou Eleições?



Os resultados do referendo sobre a despenalização do aborto saíram há pouco, mas o que mais me impressionou, apesar de ter votado NÃO e de não me considerar um mau perdedor nestes campos, foi o facto de algumas figuras públicas, políticas, ou lá o que lhe quiserem chamar, terem festejado a sua vitória. Ou melhor, devo reformular, festejaram a vitória dos seus partidos. É estranho, visto tratar-se de um referendo nacional, apartidário, pessoal.

Se realmente tal facto se verificar penso que não percebi patavina do que hoje se passou. O estranho é que, apesar das semelhanças existentes no logo do boletim com o BE (Bloco de Esquerda), eu não vi qualquer alusão a partidos...

É triste quando queremos fazer nossas as vitórias dos outros...

sábado, fevereiro 10, 2007

As razões do Assim Não de Marcelo Rebelo de Sousa



O referendo sobre o aborto e as suas, possíveis, limitações na perspectiva do professor Marcelo Rebelo de Sousa.

Vale a pena visualizar!

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

World Press Photo 2007



A imagem é do fototógrafo norte-americano Spencer Platt e é a vencedora do concurso Worl Press Photo, referente ao ano de 2006.

O que se vê nesta fotografia? Nada mais do que as consequências dos bombardeamentos no Líbano, embora com uma particularidade: neste bairro xiita, a contrastar com a destruição, está um grupo de jovens, bem vestidos, num bom automóvel, apenas de passagem para verem o que se passou e, quem sabe, tirar umas fotografias.

Findada a descrição da imagem, resta-me, apenas como mera opinião, afirmar que esta é apenas mais uma das "gravuras" que mostram o enormíssimo desfasamento existente no mundo.

Aqueles jovens da fotografia viverão, possivelmente, num bairro próximo do que ficou destruído pelos bombardeamentos, mas o seu ar é de completa abstracção, como se nada daquilo que estão a vislumbrar lhes fosse próximo...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

E agora? Um iraque democrático?



As minhas análises não estavam certas, contrariamente ao que pensava. Saddam Hussein foi mesmo morto e as imagens dos seus últimos momentos já correram o planeta graças à internet e aos telemóveis de 3ª geração.

Não quero, de todo, tecer grandes comentários ao sucedido e, muito menos, fazer prognósticos. Mas uma coisa é certa: a atitude de condená-lo à morte não foi a mais correcta. Porquê condenar quem mata com a morte? A verdade parece mostrar não mais do que um ciclo vicioso, a velha máxima do olho por olho, dente por dente. Ou, uma expressão que o Sr. Bush, essa figura... pública que "nada teve a ver com o sucedido", iria apreciar: ashes to ashes.

Devo dizer que já visualizei o video do enforcamento de Saddam e, em termos visuais, não há nada para se ver. Ouvem-se vozes, alcançam-se alguns resíduos de imagens na sua maioria desfocadas, mas pouco mais. Todavia, a nível simbólico este video é riquíssimo. A dignidade humana está com toda a certeza a perder o seu vigor. Diria até que estamos perante um grande paradoxo!! Dignidade naquele tipo de morte?? Com aquele tipo de gente a servir de carrasco? Então e o sr. Bush? Pelo que ouvi nos noticiários estava a dormir - contente, suponho - e o seu assistente não o quis acordar...

Quero apenas acrescentar que não tinha qualquer simpatia especial pelo sr. Saddam. Do mesmo modo, devo dizer que, além de achar o sr. Bush um ser muito pouco instruído, nada tenho contra ele.

Mas esperava, muito sinceramente, que tivessemos gente mais competente a governar países. Pensei que, por ventura, fossem dotados de alguma qualidade que os distinguisse de nós, comuns mortais, gente simples. Afinal, isto não passa de um circo... O mesmo circo de sempre... Apenas os palhaços mudam...