terça-feira, julho 17, 2007

Que liderança para o PSD?



Marques Mendes
Ferreira Leite
Aguiar Branco
Rui Rio
Filipe Menezes
Guilherme Silva

segunda-feira, julho 16, 2007

O final do programa nuclear?



As últimas informações indicam que a Coreia do Norte de Kim Jong Il vai abandonar o seu programa nuclear. Durante o dia de hoje, inspectores das Nações Unidas vão reentrar no país. Esta autorização, depois de múltiplas tentativas frustradas, é o reflexo do acordo celebrado na última ronda de conversações a seis.

De acordo com o chefe da equipa de inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica, Adel Tolba, “com o tipo de ajuda que recebemos [recebem] da Coreia do Norte nas últimas semanas, pensamos [pensam] realizar o nosso [deles] trabalho de desmantelamento do programa nuclear com sucesso”.

A equipa, constituída por dez investigadores, parte hoje de Pequim para Pyongyang na Coreia do Norte. Quatro anos e meio após a ordem de expulsão que levou à reactivação do reactor nuclear de Yongbyon e após a realização do primeiro teste em Outubro de 2006, aparecem os primeiros sinais que podem levar ao fim do isolamento do país e das várias sanções.

De salientar que o reactor foi desactivado depois de a Coreia do Sul ter enviado um carregamento de combustível para o Norte e de os Estados Unidos terem assegurado o final das sanções impostas.

Júdice e a ginecologia

Parece inacreditável vindo de Júdice, vindo do mandatário do presidente eleito para Lisboa e de um homem ligado à justiça. Mas vale a pena ler e... meditar!


“Sinto-me um ginecologista: trabalho onde espero que muitos se divirtam”.


José Miguel Júdice em entrevista ao JN de hoje

A vitória da abstenção

E Lisboa tem novo presidente...
Pelo menos por mais dois anos...

quinta-feira, julho 12, 2007

Costa e as Intercalares em Lisboa



Fonte: Expresso


De acordo com a sondagem Expresso/Sic/Rádio Renascença, publicada hoje, António Costa é o vencedor das eleições intercalares que se realizam já no próximo domingo. O candidato do PS não conseguirá, tendo por base a mesma sondagem, alcançar uma maioria.

A questão que se irá colocar a partir de segunda-feira é se haverá ou não uma aliança pós-eleitoral. Se Costa aderir, muito provavelmente não conseguirá a tão almejada maioria daqui a dois anos. Basta olhar para a Europa e para os vários exemplos. Sempre que houve alianças a maioria foi inexistente aquando da recandidatura. Todavia, quando se trata de um único candidato sem maioria - como possivelmente será o caso de António Costa - há essa possibilidade. Porquê? Basta ter de estar dependente da assembleia municipal e dos outros autarcas para tomar toda e qualquer decisão. Na prática isto quer dizer que Costa poderá ter que contar com a boa vontade dos outros constituintes do executivo. O que é que o candidato do PS pode alegar? Pode simplesmente dizer que sem maioria a Câmara de Lisboa se torna ingovernável. Não é este um facto satisfatório e convincente? Certamente vai ser aludido várias vezes e por variadas circunstâncias. E mais... Pode funcionar como estratégica. Mas trata-se aqui de especulação. Excepto no facto de que António Costa será o próximo presidente da Câmara Municipal de Lisboa e que, a verificar-se os 32,5% nas intenções de voto, será o melhor resultado de sempre do PS em Lisboa. Quanto ao PSD e ao candidato Fernando Negrão, os 18,4% representam o pior resultado dos social-democratas na capital.

No emaranhado de candidatos, a grande surpresa - ou não - são os cerca de 15,9% de Carmona Rodrigues, ex-presidente. O candidato independente consegue não só eleger-se a si como também Pedro Feist e Gabriela Seabra. No outro extremo e em vias de não ser eleito está Telmo Correia do CDS-PP. No melhor dos cenários, os centristas conseguirão eleger um elemento: nada mais do que o cabeça de lista - Telmo Correia. A verificar-se a não-eleição de um mandato do
CDS-PP, será a primeira vez desde o 25 de Abril.

Do lado da esquerda, a candidatura da CDU, com Ruben de Carvalho, e do Bloco de Esquerda, com José Sá Fernandes, conseguirão eleger somente os cabeça de lista. Helena Roseta, independente e ex-PS, pode, em caso de aliança pós-eleitoral com o PS, ser a salvação de António Costa para levar a direcção da Câmara de Lisboa a bom porto. Falta saber se há interesse e disponibilidade de ambas as partes para avançarem para o dito acordo.

Quanto aos partidos e candidatos "ditos mais pequenos", isto é, com menos expressão em termos de votos, Garcia Pereira do PCTP/MRPP será o primeiro com 0,8%. A verdade é que todos juntos - PCTP/MRPP, PND, PNR, PPM e MPT - totalizam apenas 1,8% das intenções de voto. Em termos de eleição precisariam de mais 3% - todos juntos - para terem um mandato.

Resta esperar por domingo e ver se há discrepâncias ou se, pelo contrário, se confirma a sondagem. O mesmo se aplica à existência ou não de alianças pós-eleitorais. Esperam-se os discursos de vitória e os de resignação.

quinta-feira, julho 05, 2007

Alan Johnston e a tirada do Hamas


O mundo respirou de alívio ontem quando, finalmente, o jornalista britânico da BBC, Alan Johnston, foi libertado. Johnston esteve 114 dias em cativeiro sem saber se voltaria a sair da “prisão” que lhe fora imposta. O rapto do repórter fez lembrar muitos outros casos, infelizmente, menos bem sucedidos. Importa retirar algumas conclusões deste caso em particular, nomeadamente no papel que teve o Hamas.

Alan Johnston foi bem tratado, se tivermos em conta que se fala de um rapto numa zona muito sensível do mundo. Das 16 semanas em que esteve desaparecido apenas por uma vez exerceram alguma violência sobre ele.

O avanço do Hamas em Gaza e a consequente tomada do território à Fatah marcou a viragem na história deste rapto. Pode dizer-se que o Hamas na sua ofensiva não foi tão eficiente quanto eficaz. Houve violência, feridos e mortos; prédios destruídos e todas aquelas imagens a que aquela zona do globo já nos habituou. Mas o Hamas conseguiu, de facto, impor alguma segurança, respeito e calmaria depois de duas semanas mais conturbadas. Cercou o bairro de Sabra, na faixa de Gaza, e “apertou” o clã Dogmush ao qual pertence o Exército do Islão. Na prática, colocaram a região em estado de sítio: ruas fechadas e muita vigilância nos telhados das casas. O Hamas, através do líder militar Ahmad Jabari, conseguiu marcar um encontro com o chefe do Exército do Islão, Mumtaz Dogmush, para discutirem a libertação do jornalista. A conversa foi produtiva e a aprovação para a libertação de Johnston saiu. Quando se apercebeu já Johnston estava em casa de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, na presença de diplomatas britânicos e do próprio líder palestiniano. Há um outro aspecto importante no meio de todo este enredo. O Hamas anunciou, há já alguns dias, que os estrangeiros e os jornalistas são bem-vindos na região e que todos aqueles que atentarem contra a sua segurança ou bem-estar serão condenados.

Representará este acto o redimir do Hamas e o possível reencontro com a paz e a organização? Estará o Hamas disposto a abdicar dos sucessivos ataques contra Israel e, por outro lado, estará Israel a ponderar dar mais credibilidade ao movimento? Uma coisa é certa. O Hamas teve o seu mérito neste episódio e, sem sombra para dúvida, conseguiu mostrar uma outra face, mais humana e que, certamente, influenciou tanto a opinião pública como também – e esta é muito importante – o estado Israelita.