quinta-feira, novembro 11, 2004

A confirmação

Yasser Arafat, líder da Autoridade Palestiniana morreu esta madrugada no hospital de Paris, às 2H 30m (hora de Lisboa).

O líder palestiniano encontrava-se ligado a um ventilador desde a passada quinta-feira, tendo o seu estado de saúde piorado nos últimos dias.

A especulação sobre a sua morte foi muita durante esta semana. Um pouco por todos os media noticiou-se a morte do líder, tendo sempre como consequência a negação, uma vez que houve sempre alguém "próximo" de Arafat que desmentiu.

As cerimónias fúnebres do líder palestiniano vão decorrer na cidade do Cairo, ( cidade natal de Arafat). Esta decisão foi tomada após o encontro do Presidente Hosni Mubarak com o Presidente do Iémen, Ali Abdallah Saleh, e com os elementos que gerem os negócios palestinianos desde que Arafat foi hospitalizado.

Nabil Abu Rudeinah, braço direito do líder palestiniano, anunciou, ontem à noite, aos jornalistas que "haverá um funeral oficial no Cairo na sexta-feira, com a participação de reis, princípes e líderes de Estados árabes e islâmicos".

O corpo de Yasser Arafat será hoje transportado de avião para o Egipto, onde decorrerão as cerimónias fúnebres. Será posteriormente transportado para a "mukata" em Ramallah onde será sepultado.

Os palestinianos receberam a notícia da morte do seu líder com dolência, embora já estivessem "preparados", devido à sucessão de notícias dos últimos dias.

Vários líderes mundiais lamentaram a perda do líder do povo palestiniano, entre eles George W. Bush que deseja que o futuro traga "paz e cumprimento das suas aspirações para uma Palestina independente, democrática e em paz com os seus vizinhos".

Com a morte de Yasser Arafat desaparece o "guerrilheiro", o rosto da resistência palestiniana, aquele que sempre quis "trazer" a paz ao seu povo.

Rawhi Fattouh, presidente do Parlamento palestiniano é o substituto de Arafat nas funções de Presidente da Autoridade Palestiniana, por um período de 60 dias.

O substituto permanente de Arafat será eleito após cessar este período. Resta saber quem sucederá o líder palestiniano nas suas labutas.

A substituição de "uma das figuras políticas mais relevantes do nosso tempo" não será tarefa fácil, independentemente daqule que seja o substituto.

Fonte Público







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