Freitas do Amaral considerou injusta a decisão de o Partido Popular Europeu (PPE) o suspender das suas fileiras.
Em declarações aos jornalistas, à saída de sessão de encerramento do debate do programa de Governo, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Diogo Freitas do Amaral, declarou ser «injusto» o que o PPE lhe fizera.
O ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu já ter sido notificado de decisão do PPE de o suspender das suas fileiras, tendo considerado a sua militância «incompatível» com o seu cargo no governo de Portugal, visto tratar-se de um governo socialista.
Freitas do Amaral anunciou que irá redigir uma carta ao PPE a explicar o porquê da sua escolha e que estará «disposto a ter uma conversa pessoal» com os seus dirigentes.
Freitas do Amaral afirmou que qualquer partido democrático deve permitir a defesa da pessoa envolvida antes de aplicar qualquer sanção à mesma, referindo que lhe vai «ser assegurado o direito de defesa».
O PPE «não é um partido, mas uma federação de partidos políticos», atestou Freitas do Amaral asseverando, ainda, que a sua filiação tem apenas um «significado simbólico». O MNE anunciou que «teria pena se o PPE, numa manifestação de intolerância quisesse controlar e condicionar as opções políticas de cada um».
O secretário-geral do PPE, António López-Istúriz, expôs ontem em Bruxelas que a suspensão de Freitas, inédita no partido, deve servir de exemplo: «a decisão é irreversível e mantém-se enquanto ele integrar um governo do PS», acrescentando que «o partido não aceita que alguém saia de dentro da família e integre um governo de uma outra, é uma questão de lógica política».
Hans-Gert Poettering, presidente do PPE disse estar «espantado» com a decisão de Freitas do Amaral, conquanto considere que o seu contributo possa ser positivo.
Uma vez que a decisão da suspensão da filiação de Freitas do Amaral no PPE foi temporária, é esperado que entre os dias 27 e 28 de Junho tal deliberação se torne definitiva e oficial.
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