domingo, dezembro 26, 2004

Sismo na Ásia causa mais de 11.000 mortos


Os últimos balanços provisórios anunciaram que mais de 11.000 pessoas morreram hoje em sete países do sul e sudeste asiático na sequência de um forte sismo com epicentro na Indonésia. O sismo originou ondas gigantescas (tsunamis) que devastaram as costas do Oceano Índico.

O sismo atingiu uma magnitude de 8,9 na escala aberta de Richter, sendo o quinto mais violento registado desde 1900. Para além dos milhares de mortos, há milhares de feridos e milhões de desalojados no Sri Lanka, na Índia, na Indonésia, na Tailândia e na Malásia.
O governo das ilhas Maldivas foi o primeiro país dos sete afectados pelo sismo a fazer um apelo oficial, solicitando ajuda internacional.

A Comissão Europeia disponibilizou hoje uma ajuda imediata de três milhões de euros às vítimas do sismo. Louis Michel, Comissário Europeu para a Ajuda Humanitária, anunciou que uma equipa de resposta e emergência está a trabalhar a partir de Bruxelas com pessoal que se encontra nas regiões afectadas, com o intuito de concluir quais as necessidades e ajudas mais eficazes.

O governo português anunciou hoje, em comunicado, a sua disponibilidade para apoiar as vítimas dos tsunamis, no âmbito das iniciativas preparadas pela União Europeia.

A França e a Rússia anunciaram que na próxima segunda-feira vão enviar aviões com socorristas e material de apoio humanitário para o Sri Lanka.

A delegação dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Bélgica está a preparar o envio de um avião com 32 toneladas de ajuda para a Indonésia com equipamento médico, de higiene e saneamento. A ajuda irá auxiliar entre 30 a 40 mil pessoas afectadas pelo sismo.

A Cruz Vermelha espanhola cedeu 36 mil euros dos seus fundos de emergência para apoiar as operações de resgate e de emergência na Índia, Sri Lanka e Indonésia. A mesma, anunciou um eventual envio de delegados para a zona. Esta operação será efectuada em coordenação com a Federação Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho.

Na Alemanha, as organizações humanitárias pediram à população que prestasse donativos às pessoas afectadas pelo sismo. Representações alemãs de organismos internacionais como a Caritas, UNICEF e World Vision criaram contas de ajuda às vítimas. A Ajuda Contra a Fome no Mundo, organização não governamental alemã, começou já a abastecer algumas zonas afectadas no Sri Lanka, através da sua filial Sewa Lanka.

A Indonésia é o país, de todos os que foram afectados pelo sismo, que tem o maior número de vítimas mortais (4185), segundo o último balanço do Ministério da Saúde de Jacarta.

Entre os desaparecidos encontram-se seis portugueses que estavam na ilha de Phuket, na Tailândia.

A rapidez será um factor importante, não só no que diz respeito à ajuda humanitária como também no que toca ao acolhimento dos inúmeros desalojados, passando pela preservação da saúde pública.

Fonte: Agência Lusa

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