Há coisas que me parecem muito claras: quando não há capital é preciso procurá-lo; quem precisa de capital deve ser exigente mas q.b. porque não está necessariamente nas melhores condições para fazer exigências; a importância/valor desse capital varia em função da geografia?
Dito isto, há uma regra básica no mundo financeiro que é diversificar. E também neste caso, esta regra vale ouro. Mas mais uma vez, q.b.!
Não consigo perceber como é que nas últimas semanas pegou moda o termo "espanholização da banca". Se o sector - ou parte dele - precisa de capital devemos criar entraves à entrada de mais capital espanhol? Ou chinês? Ou marroquino? Ou... Estará a opinião pública amnésica? Então e os negócios que se fizeram (e bem!) com capitais angolanos e chineses nos últimos anos?
Será que alguém acredita - verdadeiramente - que se por exemplo o Santander comprar o Novo Banco - que está em Portugal - vai defender mais os interesses das empresas espanholas do que portuguesas? Ou dos cidadãos espanhóis em detrimento dos portugueses, mesmo que em território nacional? A sério que é nisso que queremos acreditar? Como é evidente, espanhol ou não, fará os negócios que lhe forem mais rentáveis.
Já agora, gostava que me ajudassem a contar o número de empresas que estão em Portugal e que têm uma maioria de capital nacional? Será que quando fizermos as contas vamos revoltar-nos contra essa realidade porque, mais uma vez, não temos capital nacional suficiente para fazer face às necessidades que se impõem?
Se há assim tanta indignação, que se chegue à frente o capital nacional! Onde é que ele está? Que apareça porque tenho a certeza que será bem-vindo!
2 comentários:
Mais uma para os amnésicos: qual foi o "capital" que destruiu o BES, BANIF e os outros dois casos de polícia?
agree
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