Sou jornalista económico. Não sou economista, investidor ou especulador de mercado. Mas lido, diariamente, com os mercados financeiros. Enquanto jornalista aprendo, apreendo e tento - é esse o meu dever - explicar aos telespectadores o que são e como funcionam.
Falar de Mercados Financeiros é tão abrangente como enumerar todas as cidades ou localidades do globo. É preciso método, estudo e a ajuda preciosa daqueles que - esses sim! - gerem diária e directamente vários tipos de activos. São eles os comentadores do Fecho de Contas e do Bull & Bear que me/nos ajudam a melhor compreender o mundo da alta finança: as cotações; os altos e baixos dos índices; as aquisições e fusões e os colapsos. Juntos, tentamos perceber até os comportamentos mais irracionais do mercado. Até esses merecem uma explicação.
Como explicou um dia Bill Miller, antigo ‘chairman' e CIO da Legg Mason Capital Management, "como os espelhos dos parques de diversões nem sempre reflectem correctamente o nosso peso, também os mercados nem sempre reflectem de forma correcta as informações".
Fazer notícias económico-financeiras é isto mesmo. É não deixar que os "exageros" do mercado, das decisões, dos negócios afectem a análise, que se pressupõe racional. É isso que faço no Fecho de Contas e no Bull & Bear.
Em estúdio não nos propomos cumprir a regra de ouro de Waren Buffett: "nunca perca dinheiro". Preferimos ter a nossa própria regra: analisar o mundo económico e financeiro sem tendências mas aceitando que há dias em que temos de os enfrentar: o Bull e o Bear, entenda-se.
Texto publicado hoje no Diário Económico, no âmbito dos 5 anos do ETV.
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