Escrever sobre Ayrton Senna - embora possa parecer exagerado - custa tanto como escrever sobre o meu pai. Foi e é o meu ídolo! Não apenas dentro de pista, onde era extremamente combativo e um perfeccionista como nunca vi, como também fora dela, onde o Homem conseguia superar o piloto: ajudou - ainda em vida e depois através da Fundação Ayrton Senna - milhares de crianças pobres brasileiras a terem educação gratuita.
Assumir alguém como um ídolo - mesmo aos 32 anos - pode parecer exagerado. Mas hoje, mais do que nunca, partilho muitos dos ideais que Senna partilhava, especialmente nos anos 80 e 90 do século passado: luta, persistência, perfeccionismo e bondade. Se houve alguém que na minha opinião esteve perto da perfeição foi Ayrton Senna.
Passaram 32 anos! Lembro-me perfeitamente do dia como se fosse hoje. Tenho hoje praticamente a idade que Senna tinha aquando da sua morte. Senti a sua partida - ainda sinto hoje - como se de de alguém muito próximo se tratasse. Tive a felicidade de o ver ao vivo - no Estoril - e a tristeza de nunca o ter conhecido pessoalmente. Visto uma das suas t-shirts - a duplo S - com o mesmo orgulho com que ele a envergava.
Este texto, por ser tão pessoal, é naturalmente tendencioso. Mesmo assim, não há como não sentir - mesmo que 22 anos depois - a morte de alguém que fazia muita falta ao mundo do automobilismo e, principalmente, ao Brasil! Tal como na altura em que Senna começou a vencer corridas, o Brasil está novamente em crise! Hoje tem menos uma pessoa, de referência mundial, que lute pelos verdadeiros interesses do país.
Há 22 anos que o mundo está (muito!) mais pobre.
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