Durante a campanha eleitoral, António Costa - que teria teoricamente a seu favor a conjuntura - pediu a maioria absoluta. No desfecho das eleições legislativas não só não conseguiu a maioria absoluta como nem sequer venceu! Nem por "poucochinho". E não é tudo. Vai ter de sujeitar-se, ou então demitir-se, a acordos com a Coligação constituída pelo PSD e CDS-PP.
Para já, o ainda líder do PS rejeita qualquer cenário de demissão. Mais: deu-se ao desplante de sair do Hotel Altis - a sede do PS sempre que há eleições - como se tivesse vencido algo. É verdade - e irrevogável - que a Coligação perdeu (muitos) votos. Mas é igualmente verdade que quatro anos depois de um pedido de resgate e de muitas exigências, o actual Governo conseguiu ser reeleito! Foi o primeiro a conseguir o feito em toda a Europa.
António Costa não esteve bem ao não aceitar a Democracia, e a sua magnitude. Não pediu a demissão e, com isso, fragilizou o Partido Socialista.
Da noite eleitoral retenho os seguintes factos: Catarina Martins angariou votos com mérito; o PCP perdeu votos com demérito de Jerónimo de Sousa que deveria estar de saída, mas decidiu salientar a derrota da "maioria de Direita"; António Costa e o PS deveriam repensar o futuro de forma séria e coerente; a Coligação PàF consegue uma vitória inédita em toda a Europa, embora sem maioria absoluta!
Dito isto, entramos numa fase que eu sempre defendi e que pressupõe um consenso alargado para que sejam tomadas medidas estruturais!
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