domingo, setembro 11, 2016

Acaba-se já com tudo?

Contarem-se vítimas mortais - ainda que militares - durante um curso é de evitar, da mesma forma que em qualquer outro curso ou profissão. É preciso não esquecer, todavia, que se tratavam de militares que, em teoria, são treinados (e vão!) para zonas de conflito onde, ainda em teoria, há armas e pessoas dispostas a matar e a morrer.

Não vale a pena perder-se tempo ou críticas a discutir o valor da vida porque esse é incalculável e inalienável. Mas vale a pena analisar-se, é o mínimo!, que mesmo que Portugal não esteja directamente envolvido num conflito armado há décadas, deve ter forças especiais. E porquê? O outro senhor dizia que a guerra se prepara em tempo de paz. Já para não falar no facto de o nosso país ser parte integrante de forças de segurança internacionais que participam em missões um pouco por todo o mundo, missões essas com as quais se pode ou não concordar.

O que é que não se compreende? Que um partido político como o Bloco de Esquerda peça, de imediato e sem saber o que provocou a morte dos militares, o fim dos Comandos. Não é o fim deste ou daquele curso em particular, mas da força em si! Devemos também pedir o fim das restantes forças militares? Ou talvez o fim do curso de Medicina, por exemplo, sempre que morre alguém porque não havia mais nada a fazer, por negligência ou, simplesmente, por burrice e falta de profissionalismo? Ou talvez porque alguém morreu porque estes profissionais não conseguiram encontrar uma cura para a sua doença...

Se a resposta é "não são precisos Comandos, ou outra força", então também podemos acabar com muitos cursos superiores (uma grande parte deles!) porque, actualmente não são precisos, por não terem saída para os seus formandos. Não vale a pena andar a camuflar a cara e a defender uma coisa hoje e outra completamente diferente no dia seguinte. O que convém evitar são os extremismos, principalmente em partidos que apoiam o Governo de um país.

Já agora, quando um governo promete conquistar determinadas metas e não o faz ou, mais grave, os planos saem defraudados... deve extinguir-se?

(Atenção: este texto é um pouco extremista)

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