quarta-feira, julho 20, 2011

Portugal e o Tempo

Era uma vez um jovem adulto, com cerca de 3o anos, acabado de deixar a casa dos pais. A independência chegou com muita luta, empenho e esforço (nem sempre reconhecido).

Depois de algumas décadas de muitas dificuldades, a vida a solo acabou por revelar-se interessante. O dinheiro ia bastando para as necessidades, inicialmente reduzidas, mas que com o tempo foram aumentando... "Necessidades" nem sempre necessárias ou importantes. Gastou mais do que devia!

O tempo trouxe mais gastos para essas necessidades. O bom senso dizia-lhe para poupar, para não gastar mais do que o necessário. Mas a ambição e a cobiça levaram-no a ignorar o racionalismo que lhe seria exigido, depois de alguns problemas, sérios, na adolescência.

A Política era um dos seus maiores interesses e acabou por deixar de lado as questões económica e financeira. O tempo, que nunca perdoa, foi passando. E com o tempo apareceu a realidade, cada vez mais dura, que o obrigou a tornar-se mais racional, mais comedido nos gastos, menos irresponsável.

Foram precisos mais de 30 anos para que este jovem adulto, Portugal de seu nome, percebesse que passara a primeira fase da vida de forma leviana, sem responsabilidades e com ausência total de consciência. O tempo alertou. Mas será que há ainda tempo para evitar uma nova recaída?

Sem comentários: