Tenho estado sentado desde que a chuva parou,
sem ninguém com quem falar,
ou alguém que possa ouvir os meus desabafos.
É uma existência estranha esta,
Em que vivo rodeado de pessoas, mas solitário por dentro.
Não tenho com quem falar, nem tão-pouco sei o que dizer.
Sei, apenas, que poderia apoderar-me da palavra para expressar o que sinto, o que sei, o que me apetece…
Só para dizer que estou aqui, que quero falar, ser ouvido e notado.
Provavelmente morro com o fim da luta… Com uma bala que vem lá de longe,
onde a chuva cai sem nunca parar, onde nunca se fica sozinho porque a chuva parou de cair.
Continuo sentado, à espera, sem saber quando volta, se volta…
Sei simplesmente que me ouve e que eu a oiço a ela...
Pelo menos quando cai.
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