Yanis Varoufakis prometeu que se o Sim vencesse o referendo deste domingo na Grécia iria demitir-se do cargo de ministro das Fianças do país. O Não venceu por larga maioria, mas ainda assim Varoufakis saiu. Porquê? Segundo o próprio, para facilitar as negociações com os parceiros europeus. Politicamente, enganou os eleitores gregos. Não deveria ter saído após ter vencido a batalha do referendo. Fê-lo depois de acusar o FMI de terrorismo e de, por muitas vezes, ter criticado as instituições europeias.
Apesar de não concordar com muito do que defendeu nestes seis meses, parece-me que deveria ter-se mantido no cargo até deixar o barco grego na direcção certa - pelo menos segundo a visão do governo de Atenas. Ao sair fez-me lembrar aqueles manifestantes que atiram o cocktail molotov para a montra de uma loja e fogem logo a seguir.
P.S - Além de Varoufakis, também Antonis Samaras, o líder da oposição e ex-primeiro-ministro, se demitiu. Parece-me que a solução grega passa, cada vez mais, por um governo de unidade nacional. Será?
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