Tony Blair é apontado como o vencedor das legislativas de hoje na Grã-Bretanha.
As sondagens dão uma vitória a Tony Blair com cerca de 45% dos votos, em 44,2 milhões de eleitores. O ainda primeiro-ministro deverá, ao que tudo indica, conseguir o terceiro mandato consecutivo dos trabalhistas. A Coral, uma das principais bolsas de apostas londrinas afirma que «Uma derrota dos trabalhistas será a maior surpresa da História».
Michael Howard, líder dos conservadores, «não terá grandes hipóteses de vir a ser o próximo chefe do governo», referem alguns estudos de opinião publicados hoje de manhã. Os mesmos estudos mantêm uma vantagem dos trabalhistas com margens de 3 a 6 pontos percentuais em relação aos conservadores e de 13 a 16 face aos liberais democratas de Charles kennedy.
Blair negou, ontem, em resposta às afirmações de que entregaria o poder a Gordon Brown, actual ministro das finanças, querer ser um primeiro-ministro a prazo. No último dia de campanha, Blair pediu ainda aos eleitores que não o «castigassem pela guerra do Iraque», mas que tivessem em conta a saúde da economia. «Evidentemente, há um desacordo sobre o Iraque», reiterou o chefe de Governo. «Mas se as pessoas optarem por um voto de protesto, não são as coisas contra às quais elas protestam que vão mudar se um Governo conservador chegar ao poder», acrescentou.
Tony Blair, na mesma conferência de imprensa, última antes das eleições, referiu o êxito do seu Governo nas áreas da Economia, da Saúde, da Educação e das Reformas. O chefe de Governo declarou aos presentes que «Se defendem uma economia forte, votem por ela; se defendem o serviço de saúde público, votem por ele; se defendem as escolas, votem por elas; se defendem o apoio aos reformados, votem por eles».
Gordon Brown, em consonância com o primeiro-ministro, escreveu no jornal "The Guardian" que «Punindo o Partido Trabalhista, punem as pessoas que mais necessitam dele», acautelando ainda os eleitores: «Rejeitar um Governo progressista com base num desacordo profundo sobre um só tema - o Iraque - poderá conduzir à ascensão de um Governo reaccionário hostil à justiça social e económica». Por volta das 22h00 (mesma hora em Lisboa) encerram as assembleias de voto e serão apresentadas as primeiras sondagens à boca das urnas.
A dúvida persiste, relativamente à expressão numérica do partido trabalhista nos 646 deputados do parlamento, até ao final da noite. A possibilidade de uma elevada abstenção é outra das dúvidas, uma vez que em 2001 apenas 59,4 % dos eleitores votou.
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